Começo, meio e fim: completando a história.

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“Moram um homem, sua mulher e uma filha recém-nascida numa cidade pequena. Uma casa num bairro elegante no meio do nada, vizinhos longe.

Como gerente de uma loja de departamentos na cidade, faz uma compra que não sai, encalha nas prateleiras. O Senhor P… começou como operário na fábrica, casou com a filha do patrão e tenta mostrar que pode sustentar sua família. Tem orgulho de ter começado do nada. Não aceita que a crise no país ( anos 20) possa fazê-lo perder tudo aos 40 anos. Ele decide fazer qualquer coisa, para dar a volta por cima, mesmo que seja ilegal.

o homem conversa com sua esposa em sua bonita casa na hora do jantar e diz que os negócios vão mal. Ela diz que a bebê acabou de nascer e que eles precisam de dinheiro, que podem pedir à família dela. Ele se nega e diz que vai dar um jeito.

 Ao sair para fumar, vê um circo nas proximidades, vai caminhando até lá.  Uma tenda de cartas é a primeira coisa que vê. A tenda parecia se mover diante de seus olhos. Talvez fosse impressão. Entra e vê uma cigana. -Posso ler sua mão, senhor? Ela diz que pode ajudá-lo a resolver o problema da fábrica.

_Minhas bonecas não vendem. Faço qualquer coisa para que dê certo. Ela  lhe dá uma boneca.

_Guarde essa boneca e distribua as outras que estão na loja, e seu estoque vai acabar. Mas não reclame da troca justa.

No outro dia, ele distribui as bonecas e em três dias todo o seu estoque é vendido.

Ele retorna à cigana: _Faço qualquer coisa para ficar rico.

_Coloque a boneca no berço de sua filha.

…………..

Ele começa a enriquecer e se envolve com a secretária, mais jovem e bonita. Sua esposa descobre e entra em depressão. A família dela a interna para tratamentos.

Ele vive sua vida de rico e com sua amante.

Um dia ao retornar à casa, ouve a nenêm chorando e vê sua esposa agarrada no pescoço da criança. Tenta salvar a nenêm correndo pela rua com ela nos braços. O vizinho ajuda,mas não consegue salvá-la.

A mulher vai a julgamento; _Vi minha mulher estrangular nossa filha enquanto ela dormia.

O corredor da morte.

Procura o sogro. Descobre que sua mulher deixou sua parte na herança para o hospital. O sogro despede-o

Procura a cigana. O circo se foi.

Ao entrar na casa, vê uma correspondência do banco solicitando que deixe a casa que está hipotecada.

Senta no quarto e olha pro berço. A boneca senta, olha pra ele virando a cabeça e começa a rir, gargalhar.

ele paga com sua família o preço de sua ambição.” *

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*copyright by Deborah Jäger

Do ofício de escrever

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Cartas a um Jovem… é uma série de livros baseada na experiência do autor. Neste caso, a literatura. Nesse livro de 181 páginas, o escritor Mario Vargas Llosa escreve através de cartas a um jovem escritor, sobre as várias formas de contar uma história. Ele faz citações incríveis de vários outros escritores famosos. “…uma vez instalada em um organismo, a solitária se funde a ele, alimenta-se dele, cresce e se fortalece às suas expensas, e é dificílimo arrancá-la deste corpo em que ela se desenvolve e impera.”

O autor não acha que essas suas correspondências não são geniais: “…recomendo a leitura da volumosa correspondência de Flaubert, sobretudo as cartas escritas à sua amante, Louise Colet, entre 1850 e 1854, período em que escreveu Madame Bovary, sua primeira obra-prima.”

O autor consegue dar exemplos (spoiler) de cada  capítulo. Tem alguns paradoxos, mas é uma ajuda a mais para entender a parte teórica.

 

Apenas um livro. Porque séries?

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Porque alguns autores insistem em transformar em séries de livros as suas histórias? Mesmo sabendo que toda a narrativa, com começo, meio e fim, caberiam tranquilamente em, digamos, 300 páginas? Podemos dizer que a previsão de vendas incentive os agentes literários a incentivar o autor? Ou o autor começa a se animar com o que está na moda – trilogias? Será que não bate um medo de que falem que a história ficou perdida entre tantas páginas? Ou o autor já desconfia que sua história é tão mais ou menos, que em apenas um livro, seria só mais um livro – em uma série, pode ser que os pontos altos, os mistérios, prendam a atenção de alguns leitores, já que há gosto pra tudo. Porque estou dizendo isso? Porque foi exatamente isso que ouvi de uma agente literária. :/

O livro A Linha, primeiro de uma trilogia, não nos conta muito sobre os personagens, sobre o futuro da história. Com 246 páginas a autora Teri Hall nos deixa imaginar algumas situações dessa história: parece uma distopia, já que se passa em um estado cercado pelos governantes, com leis impostas aos cidadãos e desaparecimento de algumas pessoas que não andam de acordo com essas regras. Uma das regras é não atravessar essa  “linha” que os separa das pessoas que não foram consideradas cidadãos o suficiente para morarem nesse estado. E aí vamos ver poucos personagens e seus pensamentos e o nas últimas páginas um deles atravessa a linha.  O segundo e terceiro livro já foram lançado, mas sem previsão de lançamento no Brasil. Não fiquei curiosa. Parei por aqui. No site da autora, vejo que essa trilogia foi sua primeira produção e que ela escreveu apenas mais um livro.

Quer resenha? Clique Aqui.

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SERÁ UMA AUTOBIOGRAFIA?

Finalizado o livro Noites Italianas de Kate Holden, 256 páginas, onde na capa está escrito: baseado na história real da autora.

A própria autora descreve como “…uma obra da minha imaginação, e também a verdade.”

O índice catalográfico diz Biografia. A autora escreveu suas memórias num primeiro livro chamado Na Minha Pele. A orelha do livro diz que este é uma continuação do primeiro livro. Ao ler a história, fica claro que é ficção, que foi escrito em forma de romance. A vida da autora é um mix de modelo, prostituta, viciada e também formada em Estudos Clássicos e Literatura. Então este romance faz citações de grandes autores como Lord Byron, Goethe e outros.

Nesta parte da história de sua vida, ela está perdida literalmente. Não tem emprego, nem moradia, nem um relacionamento decente com amigas, amigos, família…seu dinheiro está acabando, viveu nas ruas, mas não tem malícia: acredita em todo mundo. E não tem um final: cada capítulo conta a parte romântica que cada personagem interpretou em sua vida. Ela escolheu seis personagens que decidiu que valia a pena descrever, sem começo, meio ou fim.

Apesar da maior parte do livro se passar durante os dias, olhando o mar da varanda da casa de um, lendo livros nas tardes frias da casa de outro, passeando pelas ruas de Roma e Nápoles para encontrar os lugares que lia nos livros…o título traduzido fala sobre Noites. O título original se chama The Romantic, e é explicado nas páginas iniciais: “Ela veio à Italia  em busca de três coisas: Roma, românticos e romance.”  Então, não entendi a escolha do título. Se bem que a tradução também deixa a desejar: algumas frases ficaram sem nexo. Mas a capa é linda. =)

Quer resenha? Clique aqui.

A ARTE DE LER… =)

Finalizada a leitura de Roleplaying Game, ficou a dúvida se livros que se dedicam a outros temas

que não o de contar histórias, são considerados “literatura”. Se considerarmos “literatura” como aprendizado, qualquer

livro pode transmitir conhecimento, como um livro de gastronomia enriquece o conhecimento de quem se dedica à arte do fogão e mesa.

Se considerarmos “literatura” como diversão, os livros de Jogos  (RPG) também contam histórias e ajudam na criatividade, no sentido que os jogadores fazem parte do processo de inventar, criar, elaborar todo o roteiro da diversão.

Este livro foi escrito por Sonia Rodrigues filha do escritor Nelson Rodrigues, para uma tese de doutorado sobre os jogos de RPG. Apesar de teórico o livro tem em suas 207 páginas, curiosidades para quem gosta de escrever, porque o jogo de RPG nada mais é do que se organizar para contar uma história.

Um trecho do livro para vocês: …”um dado fundamental na adolescência que, infeliz ou felizmente, a idade adulta trata de sufocar: o romantismo desvairado do amor cortês, capaz de tudo pela amada, sem, necessariamente receber em troca o amor carnal. Numa idade em que as paixões são muito mais numeosas do que sua realização concreta…”

#muitoamor

CONHECENDO NOVOS BLOGS

RESPONDENDO A TAG

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Muito tempo sem postar, então resolvi responder a uma tag. Fui tagueada pelo blog Minha Estante, Meus Livros.

Regras:

  1. Escrever 11 fatos sobre você.
  2. Responder as perguntas de quem te indicou.
  3. Indicar 11 blogs com menos de 200 seguidores.
  4. Fazer 11 perguntas pra quem você indicar indicar.
  5. Colocar uma imagem que mostre o selo da Liebster
  6. Linkar de volta quem te indicou.

 

Sobre mim:

1. minha mãe é Bibliotecária e me influenciou a ler desde pequena.

2. Mania de dormir cedo e acordar cedo.

3.Já escrevi dois livros, mas não pretendo ser escritora – leia-se: viver disso.

4. sou Bacharel em Arquivologia, e ninguém sabe o que é. :/

5. Pra desestressar ouço heavy metal.

6. Adoro montar quebra-cabeças (continuo montando mentalmente)

7. faço leitura visual ( e gestual) das pessoas à minha volta.

8. tenho pânico de elevador. Vazio.

9. Aamoo filme de terror! Séries de terror!

10. Ainda tenho um amigo imaginário 😉

11. Sou de escorpião, então, tudo o que escrevi é segredo.

PERGUNTAS DO BLOG QUE ME INDICOU:

  1. Porque você quis fazer um blog? Estava num projeto de leitura e letramento na escola onde trabalho e criei o blog pra compartilhar com os alunos
  2. Qual é mais ou menos o seu público? eram só os alunos, então algumas pessoas foram entrando e curtindo.
  3. Já passou por alguma fase complicada no blog? Se sim, qual? São fases pessoais fazendo outros projetos, então eu dou uma pausa no blog.
  4. Você tem parcerias? já cadastrei, mas como não sou um blog de resenha, então não fechei parceria.
  5. Quais os posts mais populares do seu blog? sobre como ler em ingles, como escrever uma história
  6. Como você acha que as pessoas veem seu blog? um blog de poesia :/
  7. Um fato sobre você no campo de blogueiros(as) . Já recebi convites pra escrever em outro blog e fui citada no vlog da Tatiana Feltrin e da Pam-Garota IT
  8. Como surgiu o nome do seu blog? Exatamente o nome: eu cheia de Projetos e só colocando no papel e vendo dificuldades de colocar em prática, 🙂
  9. Como você interage com seu público? Antes eu deixava todos os comentários, mas meus alunos escreviam muitas besteiras, então bloqueei comentários. Ano passado distribuí marcadores feitos manualmente, e recebi muitos pedidos. :0
  10. Um sonho seu: Terminar meu Mestrado em Literatura
  11. Quais os seus projetos futuros? Viajar para a Europa.

BLOGS INDICADOS

1.http://momentodaleitura.blogspot.com.br/

2.http://estante-da-josy-.blogspot.com

3.http://domeumundoaoseumundo.wordpress.com

4.http://confissoesdeumleitor.wordpress.com

5.http://facesdaleiturataniabueno.blogspot.com.br

6.http://olhardeumanerd.blogspot.com.br

7.http://questionese.blogspot.com.br

8.http://incontrolaveispalavras.blogspot.com.br

9.http://doqueeuleio.blogspot.com

10.http://momentocrivelli.blogspot.com.br

 

Gente, tem muito blog pra ser indicado lá no Blogueiros Literários, mas escolhi randomicamente.  hhhhh

 

PERGUNTAS PARA OS BLOGS

1.SEU BLOG É APENAS LITERÁRIO OU VOCÊ GOSTA DE OUTROS ASSUNTOS?

2. QUAL A SUA POSTAGEM FAVORITA E O QUE FAZ PARA QUE SEJA A MAIS VISUALIZADA?

3. QUAL O SEU BLOG/VLOG FAVORITO PRA VIDA TODA?

4. QUAL O SEU LIVRO PREFERIDO DE TEMA DE CONVERSA?

5. QUAL LIVRO FALOU DE UMA CIDADE QUE DEU VONTADE DE CONHECER?

6. QUAL LIVRO VOCÊ LEU SÓ PORQUE TODO MUNDO TÁ LENDO?

7. SE LIGA EM EDITORAS, OU ACHA QUE TODAS TEM UMA BOA VARIEDADE?

8. ACHA A CAPA DE UM LIVRO IMPORTANTE PARA SER LEMBRADO?

9. GOSTARIA DE VIVER SÓ DO E PARA O BLOG?

10. COMO DIVIDE SEU TEMPO PARA REALIZAR TUDO O QUE GOSTA?

11. JÁ FOI SORTEADO EM ALGUMA PROMOÇÃO?

PRONTO! MISSÃO DADA, MISSÃO CUMPRIDA!

 

 

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BEST POST ABOUT #1

MELHORES POST SOBRE ESCREVER SEU LIVRO

Um dos post mais visitado deste blog, foi o que deu dicas para escrever sua própria história.

Então, vamos conversar sobre isso. Eu comecei escrevendo em uma aula de Semiologia, na Universidade

Federal, publiquei independente. Minha professora me incentivou à reescrever uma de minhas histórias e

partir pra oferecer pra Editoras. Essa é a parte chata. Mas vamos começar a escrever:

Só se começa, começando. As pessoas que têm uma história, é mais fácil orientar. Criar um caminho.

(dúvidas e orientações: projetosnopapel@hotmail.com)

Alguns sites dão dicas preciosas, mas não adianta ler muito sobre o assunto e não colocar em prática.

Tente. Existem vários métodos. Tente um. Se não der certo, procure outro método. Tente de novo.

Estipule um prazo maior para finalizar seu projeto: livro não se escreve em dois meses. O primeiro exemplar pode levar anos.

Depois, seu editor pode querer transformar sua história em 3 livros, e aí, você volta pro computador por longos meses, DE NOVO!

Então, nada de pressa.

Quero postar aqui o texto escrito por Laura Barcelar no Blog Escreva seu Livro :

O escritor-aranha

O ato da escrita tem – na minha opinião de editora – algumas semelhanças com o trabalho das aranhas tecedeiras, aquelas nossas amigas de oito patas e variado número de olhos que fazem teias.
Com certeza, elas não entendem nada de editoras, mas sua abordagem para armar teias pode ser muito instrutiva para quem deseja escrever. Não a toa, elas são símbolo da escrita, inventoras do alfabeto e musas da criatividade em mitologias de várias culturas. Veja só.

Lição aracnídea número 1

As aranhas fazem suas teias muito rapidamente.
Em meia hora ou quarenta minutos, mesmo aquelas teias grandes e lindamente geométricas ficam prontas. O recado para escritores é: trate de escrever o que você pretende rapidamente e chegar ao término de seu projeto. Escrever livros não é um trabalho para se estender por toda a vida, mas algo pontual e com um fim em vista.

Lição aracnídea número 2

As aranhas fazem teias apoiadas em algum lugar.
Repare que mesmo as teias mais intrincadas precisam ter várias linhas que as ancorem a pedras e árvores, de modo que não se rompam com o impacto do inseto. O equivalente na escrita é a ligação com a realidade. Mesmo a ficção mais delirante, a poesia mais fantasiosa, precisa ter linhas firmes e resistentes de conexão com o mundo real, para que o leitor não escape da leitura por achar o perfil psicológico do personagem impossível ou sua ação deslocada em relação aos acontecimentos apresentados.

Lição aracnídea número 3

As aranhas fazem teias para capturar insetos.
Esses animais não perdem tempo fazendo teias para outra coisa que não seja enriquecer sua dieta de proteínas. Na escrita, isso quer dizer uma preocupação em construir tramas para capturar a imaginação do leitor e nada mais. Charmes estilísticos, efeitos literários, citações profundas devem ser todas deixadas de lado se não contribuírem para enredar o leitor na história.

Lição aracnídea número 4

As aranhas constróem suas teias onde há insetos.
Nossas práticas professoras se empenham em armar suas redes onde muitas vítimas em potencial voejem, pulem ou passeiem. O que escritores devem aprender com isso é escrever suas histórias para públicos que existem, ou seja, grandes grupos de pessoas que possam se interessar por aquele tema e abordagem.

Lição aracnídea número 5

As aranhas fazem teias invisíveis.
É evidente que o inseto não pode enxergar a teia antes de bater de encontro a ela, ou simplesmente fará um desvio em seu plano de vôo. Do mesmo modo, se o leitor perceber como a trama foi construída – com excesso de lógica ou pouco suspense, por exemplo – certamente perderá o interesse e escapará da leitura.

Lição aracnídea número 6

As aranhas refazem suas teias sempre que necessário.
Se você jogar talco numa teia para enxergá-la, dali a pouquinho sua proprietária a desmanchará e fará uma nova teia, mais leve e menos visível. Se você romper um dos fios da teia, a aranha também se apressará em tecê-lo de novo. Ensina assim ao escritor que, quando sua obra deixa de funcionar por alguma razão, a abordagem eficiente é desmanchá-la e refazê-la, sem pena pelo que não cumpre mais sua função.

Lição aracnídea número 7

As aranhas não ficam presas em suas próprias teias.
Apesar de a maioria dos fios das teias serem pegajosos, as aranhas sabem onde colocar suas oito patas para não ficarem presas em suas construções. O escritor-aranha aprende com isso a não ficar fascinado com seu próprio trabalho, mas tratá-lo como uma ferramenta útil para atingir seu objetivo: capturar a imaginação do leitor.

Lição aracnídea número 8

As aranhas fazem muitas teias.
Uma vez que necessitam de bastante proteína, as aranhas precisam caçar uma quantidade respeitável de insetos por dia. Sendo assim, não perdem tempo em fazer nova teia assim que terminam uma refeição. O recado dado a você, escritor, é fazer muitos projetos, escrever bastante, incorporar a escrita às suas rotinas diárias para conseguir atingir o objetivo de criar bastante e ter muitos leitores.

Desejo-lhe boa sorte e um futuro cheio de teias eficentes!

SOBRE CRIATIVIDADE

 

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Os primeiros questionamentos sobre como começar a escrever.

Qualque um pode escrever um livro. Existem técnicas para isso. Não precisa ter “talento” como algumas pessoas dizem. Alguns alunos (e até colegas professores!)  questionaram isso. Qual a diferença, então, entre os que conseguem e os que não? a CRIATIVIDADE.

“CRIA” – você têm que criar uma história com começo, meio e fim. Isso é importante. Toda criança aprende isso na infância. Todas não. Aquelas que ouvem histórias antes de dormir, aquelas que tem professores que lêem livros na “hora da leitura”, aquelas que convivem com livros dentro de casa. Mas toda pessoa sabe inventar uma história, aumentar uma história, melhorar uma história na hora de contar algum acontecimento.

“ATIVIDADE” – essa é a parte complicada. Atividade é colocar a mão na massa. Ter disciplina para escrever dois capítulos por dia, LER muitos livros, revistas e jornais. Assistir bons filmes, viajar e conhecer novas culturas. E escrever sobre isso. Colocar um prazo para terminar um texto, ou um desenho, ou um projeto e conseguir cumprir a meta estabelecida. Não só dar o primeiro passo, mas o segundo, o terceiro e todos os outros.

Parece fórmula “for dumbies”, mas eu gosto de ensinar o método do floco de neve.

No post Escrever Sua Própria História,  eu explico como usar. Algumas pessoas vieram pedir pra mostrar na prática. Vou criar um post só sobre isso: floco de neve  na prática, porque estou parecendo “ghostwriter”. As pessoas me enviam textos “para corrigir”, quando no final querem a idéia de como continuar aquilo que começaram.

O chato é quando você explica, explica e na terceira vez, a pessoa não modifica nada, mostra o mesmo texto. Cadê a “ATIVIDADE”? Aconteceu isso com um professor de filosofia: acertei o texto mostrando como fazê-lo: ele sentou ao meu lado no computador e observou. Na terceira vez, notei que ele prefere pagar pelas correções do que “perder” tempo desenvolvendo um bom texto. É gente, eu cobro por palavra, por lauda, por projeto. E cobro caro, mas mesmo assim, alguns não querem desenvolver a “criatividade”.

MÉTODO DO FLOCO DE NEVE

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Acho que cada um entende este método de um jeito diferente, não sei. Vou mostrar como eu faço.

Como é a história?

Um escritor pobre que precisa de dinheiro está hospedado num hotel. O hotel pega fogo. Ele resolve passar nos quartos enquanto as pessoas fogem e roubar seus pertences. Na saída ele conta para um homem parado na calçada o que ele fez. O homem é um policial. O que ele deve fazer para não ser preso?

Dividindo os flocos:

parte 1

Parte um: Um escritor pobre que precisa de dinheiro está hospedado num hotel. O hotel pega fogo.

Explicando: Na primeira parte o leitor descobre quem é opersonagem. Então tem que descrever, o que ele faz, porque ele está ali. Descrever algumas características físicas e/ou psicologicas ajudam a criar o personagem. Na primeira parte também ocorre o evento principal: descrever o evento, deixando dúvidas se o evento foi um acidente ou se foi provocado. Isso faz com que o leitor queira ler mais para descobrir.

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Parte Dois: Ele resolve passar nos quartos enquanto as pessoas fogem e roubar seus pertences. Na saída ele conta para um homem parado na calçada o que ele fez.

Explicando: o personagem resolveu agir: deixar dúvidas sobre se ele agiu correto ou não, ajuda a criar um vínculo com o leitor. Ninguém é totalmente bom ou totalmente mau, mas isso deve ser explicado no final da história. Descrever detalhes do evento e do diálogo.

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Parte Tres:O homem é um policial. Ele tem que pensar rápido. O que ele deve fazer para não ser preso?

Explicando: Finalização: agora você fidelizou o leitor, que quer saber como a história vai terminar. Aí você já deve ter decidido: ele é um vilão? Então vai preso ou consegue fugir. Ele é do bem, só aproveitou uma oportunidade? Então mostre a decisão dele de forma coerente. Aqui você descreve detalhadamente como ele realizou o seu feito. E  como se saiu dessa. Ponto final.

Termino no próximo post. Tomar suco de laranja me ajuda a pensar. Serve água.

USANDO A SEMIÓTICA PARA DESCREVER UMA HISTÓRIA

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Sabe como você começou a andar? Andando. Tentando, caindo, levantando até andar. Sabe como começou a falar? Falando. Tentando, errando, repetindo. E agora você acorda de manhã, após uma noite inteira sem falar uma palavra(!) e nem se preocupa se esqueceu de tudo que aprendeu (será?). Você simplesmente se espreguiça (UUAAU!) se coloca em pé (como eu fiz isso?!) e diz “Bom Dia!”. Você aprendeu a andar e falar e nem se dá conta disso!

Sabe como se começa a escrever? Escrevendo. Um livro, um romance, um conto, uma historia, biografia. Qualquer coisa tem que começar com uma linha. Então, escreva. Comece com linhas. Elas se transformarão em páginas.

Quando você começou a andar você não pensou: “ agora vou ganhar a olimpíada e correr os 200m livre!”. Você só queria se deslocar! Quando começou a falar nem passou pela sua cabeça que poderia fazer um discurso no Congresso. Você só queria se comunicar! Por isso deu certo!

Você tem que escrever para colocar essas idéias pra fora. Só pra saber quais são essas idéias. Se elas vão se tornar um livro, se você vai publicar, se vai vender, se vai se tornar um escritor famoso, se vai “virar” filme… isso é futuro! Ninguém pode prever! Nem um escritor famoso pode prever que seu proximo livro vai vender! Leia a historia de Sidney Sheldon. Autor que já vendeu milhões, depois de famoso já teve histórias suas rejeitadas por uma editora. Já foi aconselhado a abandonar uma idéia. Então escreva pra você ver a sua idéia pronta.

Depois de tudo colocado no papel –  e aí, tem gente que leva seis meses, tem gente que leva quinze anos ( Reinaldo santos Neves, Bernard Cronwell)- você imprime em papel comum só pra ter na mão a idéia de seu trabalho pronto.

Várias editoras fazem simulação de quanto ficaria uma impressão de um livro, mas isso é futuro. No Clube de Autores o autor envia uma edição de seu livro pela internet. Se um único leitor ficar interessado pelo trabalho e comprá-lo, uma única edição será impressa,diminuindo custos de distribuição e impressão. Algumas editoras fazem orçamento gratuito (ver Editora Livre Expressão).

Primeiro é colocar as idéias no papel e transformar em realidade. Tem público pra tudo, mas seu primeiro público é você. Uma dica de site (em ingles) é http://www.advancedfictionwriting.com/index.php . Ele usa um método chamado Snowflake para escrever romances. È interessante a parte em que ele usa planilha do Excell pra visualizar a história.

Pra quem se interessa em ganhar dinheiro com essa publicação, faça um teste: depois de transformar suas idéias em livro, imprimir em papel comum, participe de rodas de leituras (em uma escola de ensino médio – se esse for seu público- ou uma universidade perto de você). Isso vai te dar  a sensação que acontece no teatro. Se o público está gostando ou não: a resposta é imediata ( e as críticas também!). Faça isso várias vezes e aí sim, você pode pensar em publicar. Até lá… muito trabalho! Para uma ajuda aos indecisos, uma professora na disciplina de Comunicação e Linguagem ( aula de Semiótica), escritora, nos deu umas dicas e uma apostila que ajuda muito os indecisos. É só deixar um e-mail e eu mando pra vocês. Esta apostila pode ser copiada, impressa, publicada, postada, distribuída e divulgada livremente, desde que seja na íntegra, gratuitamente, sem qualquer alteração,edição, revisão ou cortes, juntamente com os créditos.

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Escrever sua própria história

Existem vários métodos para quem quer escrever pela primeira vez. Nenhum deles é mais fácil,apenas diferente. Escrever é sempre difícil e trabalhoso, mesmo para autores já consagrados. Leia o que eles falam sobre o assunto.

Eu gosto de um método chamado Snowflake, usado nas aulas de Semiótica. Também usamos mapas mentais. Verifique nesses sites:

http://blog.maistempo.com.br/2010/01/14/como-planejar-para-escrever-seu-livro-parte-1/

http://www.primeirolivro.blogger.com.br/

Vou colocar uma apostila que me ajudou muito. Aceitar um desafio pode ajudar. Existe um site que te desafia a escrever o primeiro livro. Eles te dão um prazo e você tem um mínimo de páginas a entregar. No final recebe um certificado de participação. se sua história for boa, eles podem até publicar seu livro. Dê uma olhada:

http://www.nanowrimo.org/