O livro A Última Imperatriz do autor Da Chen, que nasceu na China mas foi estudar e escrever nos Estados Unidos, tem na ficha catalográfica “Romance Chinês”. Em 221 páginas ouvimos a história em primeira pessoa de um americano se apaixona por uma filha de missionários que viveu na China e após a morte dela, ele resolve seguir seus passos até aquele país do qual ela falava tão bem. E começam as aventuras quando ele consegue ser convidado para ser tutor do atual Imperador. Ao ir morar dentro dos muros do palácio, o narrador que ainda conversa com o fantasma de sua amada, vê na atual Imperatriz a reencarnação do amor que perdeu. Isso não traz muitos problemas já que a imperatriz anterior quer destronar seu enteado e procura situações para que isso aconteça.
Problemas: poderia ser um drama, que fala de vícios em drogas, incesto, pedofilia, perda do ser amado. Mas o autor quer contar na voz do narrador que parece não ter noção que é um estrangeiro, num país com cultura e leis diferentes, que fisicamente é impossível uma americana loura ser confundida com uma chinesa. Se não fosse a voz do narrador em primeira, poderia mostrar mais a loucura do personagem. Nem a luta pelo poder faz a história ter um final que seja coerente com a sinopse da contra-capa.