Porque essa história é literatura clássica?

O livro Lady Chatterley’s Lover, do autor inglês D.H. Lawrence, escrito no ano de 1928, era considerado uma leitura menor e foi proibido por seu conteúdo adulto explícito, mas se tornou um clássico porque fala dos problemas do coração que continuam os mesmos através dos séculos.

Mas o livro não é apenas uma história de amor triangular entre Clifford Chatterley, Constance Reid Chatterley e Oliver Mellors, mas também sobre a exploração do eu dramático de cada personagem do romance. Os personagens tentam se liberar dis seus dramas com o passar do tempo e são mais independentes e fortalecidos do que seus eus anteriores instáveis e fragmentados.

Clifford representa um sistema com propriedade, poder e conhecimento. Seu drama é que, apesar do dinheiro e conhecimento, ele está paralisado da cintura pra baixo. Seu estado físico sugere que sua masculinidade deixou de existir, e junto com ela seu nome, já que não pode dar filhos à sua jovem esposa. Embora ele pertença à realeza e tenha uma reputação, na verdade ele é um menino crescido que precisa de cuidado e atenção perpétuos. Constance é uma jovenzinha rica, que já rodou o mundo com rapazes, se torna uma ‘Lady’ ao se casar com Clifford e ir morar numa cidade do interior. Sem nada para fazer e com o marido numa cadeira de rodas, Constance demonstra tédio e depressão durante uma visita de sua irmã. Até seu próprio marido lhe sugere “viajar e arrumar um filho no ventre”, que ele vai criar como seu, e ela começa a ter esperança de ser feliz com um bebê.

Oliver Mellor é o guarda-caça, inferior em posição social, abandonado pela esposa, mora numa cabana nas terras da propriedade do Sir Clifford. A aura de machismo que ele cria, com um corpo másculo, atitudes que mostram que não precisa de ninguém, contrapõe com seu patrão que depende da enfermeira pra tudo.

O livro se enquadrou no gênero erótico durante muito tempo, mas apresenta significados mais amplos da vida, e mostra o drama que é a vida, quando ela segue um caminho totalmente diferente do planejado. Cliford só queria ser admirado pelis homens do poder e ter um filho pra herdar sua riqueza. Constance conheceu vários homens em sua criação liberal, mas aceitou ir morar no meio do nada. E aí arruma amantes porque ela até tenta fazer seu marido viajar com ela, se mudar pra cidade grande, mas ele não quer. Mostra o quanto eles são diferentes quando no casamento ele é virgem e diz que não se importa que ela já tenha ficado com outros homens.

Do meio para o final a história fica no relacionamento entre a Lady e seu amante pobre. Aí o drama é que a ex mulher do empregado de Clifford aparece e começa a espalhar na cidade coisas sobre a vida de seu ainda marido. Para evitar escândalo, Clifford ameaça prendê-la e ela foge. Mas a pequena cidade fica sabendo sobre a pederastia e vulgaridade de Mellors. E ele passa a ser evitado nas ruas.

Trechos do livro: “…ponha de lado as condenações e proibições morais de quem quer que seja. Mas teria vexame de ver uma mulher rolando pela vida, com o meu nome e o meu endereço na etiqueta.” “Se a privação do amor físico torna sua vida incompleta Constance, vá e tenha ligação com um homem; se a falta dum filho a atormenta, consiga esse filho. Mas terá que o fazer sempre com mira numa vida completa, integrada e harmoniosa.” “Quando uma mulher fica bêbada, obscena, devíamos poder matá-la.”

O livro se tornou inspiração em teatro, séries e filmes.

A Amizade é importante =)

O livro A Origem do Lobo do ilustrador inglês Curtis Jobling, conta em 368 páginas a história do continente da Lyssia, onde existem os Sete Reinos que são governados por um rei, mas cada reino tem o seu próprio Lord que faz as leis locais. Este livro da série Wereworld que contém seis volumes cada um do ponto de vista de um reino e seu Werelord.

Nesse mundo de fantasia vivem pessoas que se transformam em lobos, ursos, leões e outras feras. Uma terra governada pelos mais fortes, por mutantes conhecidos por Werelords. Leopold, o Leão, governava com “patas” de ferro, e havia rumores de que grande parte do povo da Lyssia vivia um período difícil. No primeiro livro, Drew Ferran é um adolescente que leva uma vida simples na fazenda com seus pais e irmão gêmeo. Era feliz como pastor de ovelhas, cresceu na fazenda da Costa Gélida, completamente afastado das cidades grandes e das leis mais severas do rei leão. Quando a fazenda onde morava é atacada por um monstro de pelos negros e olhos vermelhos, que mata a mãe de Drew, ele descobre que não é um simples garoto da fazenda, mas que podia se transformar em algo monstruoso, tanto quanto o animal gigante que os estava atacando, acontece um dilema e ele acaba fugindo para uma floresta distante. Em sua batalha clichê pela sobrevivência, Drew conhecerá a verdadeira situação de seu povo. Entre erros e acertos, ele aprenderá o verdadeiro significado da amizade, traição e responsabilidade. O futuro está em jogo e só ele poderá mudar o destino de Lyssia.

SPOILER: Algumas revelações finais são tão tristes! Aquela cena da barata é dispensável. Foi falta do que escrever e só serve pra encher linguiça. Pra mostrar que ele estava entediado numa cela suja, era só dizer. Quando a estranha criatura matou sua mãe e, tomado pela fúria, Drew perdeu o controle de seu corpo, ele também se transformou em uma fera. De novo aquela história de falta de comunicação onde os responsáveis não contam ao adolescente que ele não é humano e aí é tarde demais. Posso citar uns dez livros. Se refugiou na floresta Dyrewood e viveu por meses como um animal, foi capturado pelo patrulheiro da floresta e descobre que é um werewolf – um lobisomem – e também o herdeiro do trono do rei Lobo. Mais um clichê. O Conde Verga que é um Wereshark, um pirata que é considerado traiçoeiro e indigno de confiança, é sedutor e suas frases tem ironias. Gostei dele.

Suspense Medieval

O livro Um Raro Beneditino da série de mistério da autora inglesa Ellis Peters, conta maus uma aventura do monge Cadfael à serviço da igreja para desvendar mistérios que rondam o mosteiro.

Irmão Cadfael ganhou vida monástica inesperadamente quando já estava se aproximando dos cinquenta anos, experiente em vida militar, totalmente armado e dezessete anos tonsurado. ”) Para fornecer a origem de como o Irmão Cadfael veio a se tornar um irmão na Abadia Beneditina de Shrewsbury, para ir de uma fase da vida como um soldado de armas à outra como um monge um tanto excêntrico e irregular, vemos Cadfael como sendo contido, um tanto astuto e perspicaz e imensamente corajoso, resgatando o Prior Heribert de um sequestro cujo dano é evitado por um dos acontecimentos mais infelizes da história da Inglaterra, a morte do filho de Henrique I que provocou toda a Anarquia no primeiro lugar, e salvar seu senhor de uma tentativa de assassinato de seu noivo e amante de sua esposa. O adultério também desempenha um papel importante na segunda das três histórias, (“O preço da luz”), onde um homem ganancioso, brutal e perverso busca ganhar mérito doando um castiçal de prata para a Abadia Beneditina que foi criado por um escravo fugitivo artesão que ele havia roubado, que por acaso estava em Shrewsbury por um ano e um dia necessário para que ele tivesse sua liberdade e fosse capaz de se casar com a formosa donzela vilã galesa que ele amava. Nesta história em particular, uma jovem esposa mente para proteger um servo fugitivo porque a presença do servo era necessária como um álibi para ela. Aqui, vemos Cadfael descobrir pistas, ajudar jovens amantes a ultrapassar os obstáculos colocados no seu caminho e a procurar justiça à sua maneira caracteristicamente irregular. Vemos isso também na terceira história, “Eye Witness”, onde a inteligência de Cadfael frustra uma tentativa de homicídio, ajuda um irmão a superar o desespero que o ameaçou com o pecado de suicídio e confronta um ambicioso recém-chegado com evidência de seu roubo e tentativa de assassinato, graças a conspirar com um mendigo galês cego junto com o filho do homem ferido e um novo sargento do xerife, que deseja que Cadfael use um estratagema. Por tentar situar o leitor na série, na vida do detetive/monge, este é o livro menos interessante da série. =/

Cadfael também é série de mistério da Tv britânica.

Um teatro de comédia =)

O livro O Noviço do autor nacional Martins Pena conta em três atos a história de Ambrósio que era um homem malandro que se casara com Florência apenas por elas ser uma viúva muito rica. Era padrasto dos dois filhos dela, Emília e Juca, e ainda havia Carlos, sobrinho de sua esposa que vivia sob sua guarda.

Florência era totalmente cega em relação a Ambrósio, achando-o um homem perfeito e se sentia uma felizarda por entre tantos pretendentes ter escolhido um que achava que a amava de verdade e que não estava interessado em seu dinheiro.

Assim, Ambrósio tinha uma influência tremenda sobre a esposa, que acatava a tudo o que ele dizia. Foi desse modo que ele a fez concordar em mandar Carlos para o convento, porque assim a herança dele ficaria com a tia e ainda a convenceu de mandar Emília e Juca ao convento também porque assim não era preciso gastar com eles, por exemplo, quando fossem casar.

Carlos, no entanto era um rapaz arteiro e como odiava o convento fugiu de lá, depois de muitas confusões em que já tinha se envolvido. Foi numa dessas duas fugas que falou com Emília. Os dois claramente se amavam. E ele discursou a ela de como era errado obrigar as pessoas a seguirem carreiras que não queriam. Quando ele ficou sozinho na casa viu chegar ali uma mulher chamada Rosa.

Tratava-se da primeira esposa de Ambrósio, a quem ele abandonara há seis anos. Ela, descobrindo que ele estava vivo, veio do Ceará até a corte atrás do marido traidor. Carlos, o noviço, se aproveita mal da situação para tentar se ver livre do convento.

O livro da Editora Saraiva conta ainda com contextualização histórica, sobre o autor e

Assunto sério como brincadeira? =/

O livro O Anel do autor espanhol Jorge Molist conta em 448 páginas a história de Cristina, uma promissora advogada de Manhattan, que no seu vigésimo sétimo aniversário ganha dois anéis. O primeiro, com um grande brilhante, recebe de um rico corretor da bolsa e seu noivo, e o outro, um misterioso anel antigo, provém de um remetente anônimo. Ela aceita a ambos sem saber que são incompatíveis e que o anel de rubi vermelho vai arrastá-la para uma aventura que lhe ensinará sobre a vida e o amor e a morte, dando-lhe uma lição inesquecível que mudará seu destino e sua visão de mundo para sempre. Contada em primeira pessoa a história mostra a volta dela à Espanha para reencontrar o amor da adolescência. Esse romance foi finalista do Prêmio de Romance Histórico Alfonso X, o Sábio, em 2004.

SPOILER: bem clichê: três amigos que se gostavam na adolescência se reencontram depois de 13 anos e precisam encontrar um tesouro para descobrir sobre o assassinato do tio. Aí temos a menina bonita que gosta do menino bonito e inteligente, mas o menino divertido é que gosta dela.

Os capítulos parece uma volta à sinopse: o autor finaliza com perguntas “o que está acontecendo? O que vai acontecer?” Pra tentar criar curiosidade, mas não funcionou, ficou cansativo. Temos que estimular MUITO a suspensão da descrença, porque uma moça de 27 anos, advogada age como uma adolescente todo o tempo? Fiquei esperando a hora em que o segredo que a mãe dela contaria é:”querida, você é autista, não desenvolveu totalmente”. Sério. Ela não só vai sozinha encontrar o bandido como te fala que ela sabe que não devia, que é perigoso, que ela não tem idéia de como sair de situações difíceis, mas ela quer se meter na situação assim mesmo. (??) Dá vontade de chamar uma camisa de força. Mas aí me peguei lembrando de Jumanji, filme em que adultos voltam à um jogo da infância pra consertar uma situação. Esse livro se inspirou e saiu bem menos divertido. E ganhou prêmio? Temos um texto bem problemático: “_o quê, ele era pedófilo?- agora sim, me escandalizei. _Não temos indícios nem suspeita de que tinha interesse por meninos, mas por rapazes com mais idade, aqueles entre dez a vinte anos. Fiquei aliviada…” Hã?!dez anos? Fiquei aliviada?? Dez anos é um bebê não um rapaz! Fora a história da mocinha ser burra e manipulada todo o tempo e precisar de um homem, o rapaz que gosta de rapaz receber nomes feios, alterar a opção do rapaz na última hora, o garoto de programa que mesmo com aids continua “trabalhando”. Aff! Haja vontade de premiar esses problemas!!

Não supriu expectativas =/

O livro Uma Conjuração de Luz da autora V.E.Schwab finaliza em 728 páginas a história de Kell. O equilíbrio precário entre as quatro Londres atingiu um ponto sem volta. Outrora transbordando a vivacidade vermelha da magia, o império Maresh é invadido por uma sombra lançada pela escuridão, o que deixa espaço para outra Londres surgir. Kell, que já foi considerado o último Antari vivo, começa a questionar a quem deve sua lealdade. Lila Bard, que já foi uma reles ladra – mas nunca uma ladra qualquer –, sobreviveu e progrediu por meio de uma série de provações mágicas. Mas agora ela precisa aprender a controlar a magia antes que esta seja drenada por seus próprios poderes. Enquanto isso, o desacreditado capitão do Night Spire, Alucard Emery, reúne sua tripulação para correr contra o tempo em busca do impossível. Um antigo inimigo retorna para reivindicar a coroa enquanto heróis tentam salvar um mundo em decadência. É um acerto de contas com o passado e uma luta por um futuro incerto que sela o destino de Lila, Alucard, Kell, e até mesmo Holland, para tornar uma só Londres.

SPOILER: uma duologia teria dado conta da história. Aqui acontece o mesmo ciclo dos outros dois livros: problemas com magia, problemas com o príncipe, vontade de salvar o povo, de derrotar um inimigo. Só tem um problema pra mim: alteração na característica de uns personagens. Lila se importar porque está bonita com o olho? Kell e Allucard fazerem algo juntos? Sem se perdoar? Holland ficar bonzinho? O amigo de Kell morrer é emocionante mas a morte da rainha nem tanto, já que nem deu tempo de criar vínculo com a personagem. Rhys se tornando maduro e consciente? Eu queria o caos deles pra lutar contra o senhor do caos. Mas vale a pena a leitura.