A grande sacada do livro Passarinha da autora Kathryn Erskine, é contar a história na visão da própria criança. Em 224 páginas, a protagonista, que tem Sindrome de Asperger – uma forma de autismo – perde seu irmão mais velho, que a orientava na vida, para a violência: ele estudava em uma escola que foi alvo de atentado. Mas não é a história dele, nem da família e comunidade que tenta se reestabelecer, mas sobre uma criança, que tenta sozinha, se localizar nesse mundo esquisito chamado escola. É mais sobre como aceitar as diferenças, já que somos todos especiais. =D
Me identifiquei com a personagem, porque como ela, eu nunca fui muito sociável, não gostava do recreio, nunca fiz amigos no ensino fundamental… Vale a pena a leitura!
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Trechos do livro: “O bom dos livros é que as coisas do lado de dentro não mudam. As pessoas dizem que não se pode julgar um livropela capa…mas a capa diz exatamente o que tem dentro.” “Livros não são como pessoas. Livros são seguros.”
O objeto livro: a capa mostra uma menina em um ninho – remete à idéia de se esconder, o que a personagem faz dentro de um armário. A ausência de cor remete ao texto em que a personagem diz não gostar de cores. Mas o título e a tradução….mesmo com uma nota inicial da tradutora dizendo porque escolheu traduzir assim, acho que alguns títulos deveriam se manter no original. Porque Mockingbird é apenas um passarinho e título de um filme que a personagem gosta. E não significa que ela se identifique com a ave.