Retrospectiva 2020

Esse foi um ano atípico (super esquisito) e fiquei sem trabalho formal depois de julho, então fora alguns jobs, tive tempo pra ler mais. Foram 92 livros entre físicos, e-book, audiolivro, Hqs. Minha pergunta foi: porque eu lia tanto? Verifiquei que os livros eram só para diversão, fantasias, coisas leves. Então decidi voltar no tempo, o que me fez muito bem S2. Essa Tag vi no canal do Alegria Literária.

JANEIRO: primeiro livro que li esse ano. O Livro das Crianças da A.S.Byatt, que apesar do título, não é infantil. Gostei muito e ficou na estante. 😉

FEVEREIRO: o livro mais curto Ler, Escrever e Fazer Conta de Cabeça com apenas 78 páginas. Histórias do cotidiano de um garoto, muito gostoso de ler.

MARÇO: escritora favoritada em 2020. N.k.Jemisin com a trilogia da Terra Partida. Quero ler outras histórias dela.

ABRIL: o melhor livro infantil do ano vi que não li nenhum infantil esse ano, nenhuma poesia, nenhuma biografia. =o

MAIO: livro com capa mais bonita. Já disse que capa bonita, remete à obra de arte. Apesar de não gostar da história, ele ficou na estante pela capa, com letras douradas e uma bela tela.

JUNHO: o melhor audiolivro Às vezes ouço por dispositivo de leitura, que tem a voz artificial, o que atrapalha um pouco, mas depois de alguns, é viciante. O melhor foi Mistborn o Império Final.

JULHO: O livro com mais páginas A Ladra do Demônio da autora Lisa Maxwell com 772 páginas.

AGOSTO: o livro que leu mais rápido. Mentirosos, da E. Lockhart 270 páginas. A história é triste, mas tem um plot twist muito bom!

SETEMBRO: um livro de um autor nacional que nunca tinha lido antes. As Luas de Vindor, livro de fantasia do autor Caio Riter

OUTUBRO: um livro de terror eu li Frankestein, mas não achei aterrorizante. Li Cinza e Ossos e achei suspense. Li Vitório o Vampiro, mas não me assustou.

NOVEMBRO: um livro que ainda não terminou de ler. Eu começo vários, mas quero terminar Uma Chama Entre as Cinzas e colocar como leitura desse ano.

DEZEMBRO: Um livro com final surpreendente. Repetitivo, mas é N.k. Jemisin com A Quinta Estação. Estava lá desde o começo e ninguém viu. Todos terminam o livro e lêem o primeiro capítulo de novo!! Muito bom =D

Onde está a personagem forte? =/

O livro The Heart of Betrayal da autora americana Mary E Pearson conta em 400 páginas a continuação da história de Lia, que terminou o primeiro livro entrando na cidade de Venda como prisioneira junto com Rafe. Esta cidade é comandada pelo Komissar, que tem um alvo em sua testa, já que qualquer que matá-lo, se torna o novo governante. Kaden chega em sua cidade sendo amado e odiado todo o tempo: ele fez Lia prisioneira, mas faz tudo para salvar a vida dela. Lia passeia pela cidade e conhece

 os mistérios do Sanctum e, aos poucos, ela vai descobrindo os segredos escondidos nas paredes da cidade em ruínas.

Vamos observando como todos os preconceitos de Lia sobre os vendanos vão diluindo-se à medida que ela vai conhecendo a história das pessoas e emocionando-se com a aceitação, cada vez mais forte, do povo de Venda com o que Lia pode trazer pra eles.

Spoiler: continuo não gostando de ter vários pontos de vista. A Lia perdeu sua força de lutar contra seu pai, seu reino pra ficar de joguinhos com seu príncipe (de quem fugiu) e com seu inimigo Kaden. E até aceita se casar com o Komizar! Aff. Essa Lia parece outra pessoa. Claro que o final demorou muito, mas já era esperado. O Komizar é um vilão clichè: não pouca crianças, idosos, os súditos.

Trechos do Livro: “Quando você achar que está no fim de sua corda, dê a si mais três dias. E então mais três. Às vezes, você vai descobrir que a corda é mais longa do que você pensava.” “Eu desejava que o amor pudesse ser simples, que sempre fosse dado e retribuído na mesma medida, igualmente e ao mesmo tempo, que todos os planetas se alinhassem de uma forma perfeita para dispersar dúvidas, que fosse fácil de entender e nunca doloroso.

Uma Garota Forte =)

O livro The Kiss of Deception da autora americana Mary E. Pearson conta em 439 páginas a história de Lia, uma ex-princesa que fugiu de seu dever de unir dois reinos, em um casamento arranjado. O noivo foi obrigado a se juntar a um assassino para encontrar a fugitiva. Os dois se encontram na taverna aonde ela trabalha servindo comida. O príncipe decide não cumprir a ordem, mas o assassino não concorda. Ela então decide voltar para seu reino em Morrighan.

SPOILER: a autora escreve de forma muito prática- tudo acontece muito rapidamente: as tradições, a fuga, as traições, o rapto, as escolhas erradas. Mas acho que demora demais para apresentar o dom mágico da personagem e quando ele aparece, é só uma sensação. =/ Contado do ponto de vista alternado da Lia e do assassino, só vejo a voz dela. Talvez porque ele conte a mesma cena, fica muito cansativo. Também não explica o motivo político da guerra entre os reinos. Mas vale a leitura, já que esse é o primeiro da trilogia Crônicas de Amor e Ódio.

Viagem no Tempo

O livro A Casa na Praia da autora Daphne du Maurier conta em 351 páginas a história de dois amigos: Richard (Dick) Young mora por um tempo na Cornualha, em casa do amigo cientista Magnus Lane, que faz experiências química na Universidade de Londres. Dick sente-se intrigado quando Magnus lhe pede que sirva de cobaia de uma nova droga que faz a mente viajar no tempo, e aceita participar na experiência, transportando-se para o século XIV, no local exato onde está vivendo: Kilmarth, enquanto o corpo continua no presente.

Toda vez que ingere a misteriosa droga, Dick viaja no tempo e vai se envolvendo nos assuntos de pessoas que morreram há seiscentos anos e perdendo o controle da sua vida o do seu próprio tempo. Quando surge a chocante notícia de que Magnus fora assassinado quando se dirigia a Kilmarth, apenas Dick se apercebe da causa aparentemente inexplicável da morte do amigo.

SPOILER: gostei muito da primeira metade do livro, a aitora cria tensão e a passagem de Richard no passado, onde Roger é seu alter-ego, é fantastica. Acho que a tensão é criada por não saber como exatamente acontecem as viagens no tempo e pra quê. Mas depois o personagem se torna um “viciado em droga” e descobre que é um alucinógeno o que o Professor lhe deu. Achei que essa escolha deixou muitos pontos em aberto.

Divertidamente

O livro Firelight da autora americana Sophie Jordan conta em 336 páginas a história de uma menina draki, que consegue se transformar em um dragão fogo, a última de sua espécie e por isso seu clã de dragões da água e da terra, querem que ela reproduza, isto é, casar com o filho do chefe para gerar dragõezinhos. Também tem que fugir dos caçadores que vendem suas peles. A menina é a única da família com o dom. Sua mãe foge com ela e a irmã para o mundo humano. Então ela deve esconder seu dom, ser uma menina normal, até que seu draki perca a força e morra.

SPOILER: é um romance entre adolescentes, muito leve, contado pela voz de Jacinda. Sua aproximação com Will, da família de caçadores, faz com que seu draki fique forte. A história demora muito pra dizer qual a meta final da autora: ela queria mostrar amor entre dois seres de clãs inimigos? Não mostrou até 95% da história. Ela queria mostrar a construção de mundo nesse primeiro livro: não mostra, já que vemos tudo pela visão da personagem e ela não sabe muito sobre seu clã ou seu inimigo. Seria muito mais legal mostrar dragões e não o vai-não-vai entre os dois adolescentes.

Título que Mente #3

O livro Mago Aprendiz do autor americano Raymond Feist conta em 431 páginas uma aventura contada em terceira pessoa: o narrador segue Pug, um ajudante de cozinha que é chamado para ir com a Princesa passear. Ela é atacada por trolls e ele salva a vida dela. Então ele sobe de nível e se torna cavalariço. Seu amigo Thomas quer ser soldado. Um mago decide escolher Pug pra se tornar aprendiz, mas como ninguém o escolheu, mesmo não querendo ser mago, ele aceita ir com o mago e decide levar junto seu amigo. Muitas aventuras, seres sobrenaturais, muita magia e escolhas vão fazer parte dessa jornada dinâmica e divertida. 😉

SPOILER: É divertido? Sim, tem partes divertidas, mas não é uma história sequencial, retilínea. O que isso atrapalha? Parece com um livro de contos mas sem conclusão de cada história. As finalizações das aventuras se resolvem muito fácil – liberdade concedida a livros infantis. O título mente porque o personagem não quer ser mago, é um desastre seu começo na aprendizagem e aí ele vai fazer outras coisas. O Thomas é um personagem mais desenvolvido. E o Pug some nos últimos capítulos, sem dizer porque. E ainda tem a treta de que o autor plagiou um jogo de RPG para escrever sobre os tsurani do livro Empire of the Petal Throne.