Muito Repetitivo =/

O livro A Garota que Bebeu a Lua da autora americana Kelly Barnhill conta a história de um Protetorado que é comandado pelas Irmãs da Guarda e Anciãos, que governam os moradores a ponto de obedecerem as ordens do Ancião de deixar uma criança como uma oferta para que a bruxa que vive na floresta venha e leve a criança e deixe o Protetorado em paz. Eles acreditam que desta forma estão protegendo a vila dos males que esta bruxa pode causar, e esta tradição vem acontecendo há muitos anos.

Do outro lado na cidade de Protetorado, temos um pai e uma mãe que não querem abrir mão do seu bebe, e tentarão de todas as formas quebrar esta corrente, nem que para isso tenham que acabar com a bruxa com suas próprias mãos.

Então descobrimos porquê deve existir uma cidade coberta de tristeza, uma tristeza tão profunda que prende toda uma cidade em meio a névoa da depressão: será que algum ser está se alimentando desse sentimento ruim??

SPOILER: Xan, a bruxa da floresta, é uma bruxa do bem que vive pacificamente com seus dois amigos, um monstro do pântano e um dragão no meio da floresta. A cada ano que os habitantes do Protetorado deixam uma criança na floresta, ela vai ao encontro dela, a alimenta com luz estelar, concedendo a criança um ar mágico e diferente, e por fim a leva para ser adotada em uma das Cidades Livres do outro lado da floresta, por casais que não conseguem ter filhos.

Mas toda a forma repetitiva que mostra a falta de memória provocada por um feitiço: “eu acho que eu já vi isso”, durante duzentas páginas e aí simplesmente ela diz “eu lembrei”, sem nenhum momento grande, decepcionou.

A amizade do Monstro com o dragão seria legal se não fosse também a falta de memória que faz a amizade. A “bruxa boa” bloquear toda a criatividade da menina, deixando ela com dores de cabeça e em perigo, só pra fortalecer seu próprio corpo e dizer “fiz pro bem dela” é muito egoísta!!

Não é legal pra criança, porque teria que explicar a problemática, adultos vão achar fraco e muito repetitivo.

Não explique a história =)

O livro O Segredo do Violinista da ilustradora ítalo-brasileira Eva Furnari conta em 106 páginas a história de três amigos que moram no mesmo edifício onde começa a ocorrer fatos estranhos. As pessoas sentiam um estranho arrepio, um vento gelado, e em seguida, algum objeto sumia. Todos queriam descobrir quem era o ladrão. O síndico do condomínio, o Alcides, já estava achando que os ladrões eram as crianças do prédio, pois exatamente como um cachimbo da coleção de cachimbos dele havia sumido, a bola de futebol das crianças também. Alcides achava que o caso da bola era só uma desculpa. Não podendo contar com a ajuda de Alcides, as crianças decidiram investigar o caso sozinhas. Surgiram vários suspeitos, mas eles foram eliminando vários deles. Eles já não sabiam mais o que fazer, quando Miguel escutou a música do CD que havia sido roubado. Ele seguiu o som e foi parar na casa do violinista, um sujeito estranho que se vestia com um paletó roxo, gravata desajeitada, bermuda verde florida, uma meia preta e a outra verde, tênis desamarrados, realmente, um sujeito muito esquisito. Todos esses eventos começaram quando o cd de música favorito de Miguel simplesmente desapareceu de sua casa. Após isso mais coisas começaram a disaparecer, como a bola de futebol de Beto ou o gato de Isabel. Os dois amigos decidem então resolver o incidente, porém logo após Miguel se vê preso na casa do misterioso violinista, pessoa que eles suspeitavam estar atrás do desaparecimento dos objetos. E junto a Beto, que tenta salvá-lo, vivem diversos momentos inesquecíveis. Eva Furnari é italiana e como autora infanto-juvenil e como ilustradora recebeu o Prêmio Jabuti, nos anos de 19861991199319951998 e 2006.

SPOILER: não gostei da finalização da história ser levado para o lado da ficção científica e dos vilões não são mais vilões, sequestram e amarram as crianças (?) Mas eles são legais. Só querem conhecer nosso planeta. FAIL. Não funciona indicar um livro que romantiza coisas erradas para cérebros em formação. =/

A Música Salva

O livro A Pior Banda do Mundo do autor nacional Jéferson Assumção conta em 63 páginas a história de um grupo de adolescentes que resolve montar uma banda de Rock para tocar na festa de final do ano na escola. A idéia deles é que o pessoal de banda de rock tá sempre cheio de garotas e fãs e ganham muito dinheiro, então espalham o boato na escola, de que eles já são uma banda de sucesso. Mas o que eles não sabem é fazer música ou tocar. Então eles não deixam ninguém assistir aos ensaios que nunca acontecem. Durante um tempo eles conseguem criar uma possível fama, com suas roupas pretas, botas, pulseiras de tachas. Mas o dia de tocar no colégio está chegando e eles não sabem o que fazer. 

No outro lado da sala está um menino tímido que estuda música há muito tempo, não faz parte de nenhum grupinho, não quer ganhar nada com sua música, apenas tocar. E no dia da festa, a apresentação do grupo é um fiasco e Marcos, o tímido, é chamado e dá um show de música no piano. 

O autor tenta passar uma moral da história no final, de que a arte é maior que seu autor. “…ele gosta tanto de música, que a única coisa que pode fazer para tentar executá-la bem é tentar ouví-la. E só se ouve em silêncio.”

Existe um outro livro de mesmo nome de um autor português.

Governo de Restaurantes e plágio

O livro Os Vinte e Um Balões do autor americano William Pène du Bois, escrito escrito em 1947, conta a história da viagem de William Waterman Sherman professor cansado de dar aulas, que se decide a gastar um ano viajando em um balão, pra ficar longe das crianças e seus pais. Devido a um acidente aterrisa na ilha vulcânica de Krakatoa, onde acontece muitas aventuras, conhece fabulosos amigos, e termina com o dia mais barulhento da História quando Krakatoa explode e vinte famílias conseguem escapar com o Prof. Sherman em uma plataforma de vôo suspensa por vinte e um balões! Agora ele foi resgatado e vai contar sua história para uma importante platéia.

SPOILER: o livro foi traduzido pra vários idiomas, é ilustrado pelo autor, e tem uma nota em que ele conta que seu editor quase não publicou a história “por ser grande a semelhança com O Diamante do Tamanho do Ritz, do autor Fitzgerald. Mas ele alegou “espantosa coincidência” e publicou assim mesmo.

O Personagem briga com a Autora :)

O livro O Outro lado da História da autora Rosana Rios, tem uma forma diferente de ser contada: o enredo deveria ser o clássico dos contos de fadas, com o rei e a rainha festejando o nascimento do príncipe, suas aventuras na floresta encantada, uma cavalgada para salvar a princesa aprisionada pelo cavaleiro indigno e o final feliz, com o casamento dos jovens. Cheio de referências, a história, desde o prefácio e o sumário, o vilão e o mocinho, a princesa, todos se rebelam contra seu destino, questionando as coisas que fizeram ou deveriam ter feito. Personagens se rebelam contra o autor e recriam a história de fadas, num jogo de linguagem original e numa paródia das histórias de príncipes e princesas, não acontecendo o que o autor da referência quis que acontecesse. Dessa vez, os personagens resolvem dizer o que pensam. O Príncipe, a Fada, o Camponês e a Princesa rebelam-se contra seu destino, intervêm no enredo criando as mais inusitadas e engraçadas situações, parecendo uma “fanfic” de um conto de fadas.

Têm um livro de não-ficção de mesmo nome.

Conhecendo as origens

O livro De olho nas penas  da autora Ana Maria Machado é uma história de fantasia e constitui-se além disso, na história pessoal de muitas crianças, filho de exilados políticos, que, durante os anos de ditadura nasceram e foram obrigados a viver fora de seu país de origem. Assim a história começa com uma verdadeira viagem pelas tradições culturais da América Latina. Voando com MIguel nos braços de Amigo – personagem mágica que sintetiza nossas raízes – o leitor participa de uma jornada pelas terras das montanhas, dos rios e das savanas. E descobre uma história de lutas e de sangue, mas também de muita beleza. A narrativa juvenil na qual Miguel, filho de militantes políticos exiliados pela Ditadura Militar, tenta entender a sua identidade ao mesmo tempo em que vai descobrindo, com o olhar curioso da infância, a história da América Latina. Nas asas de um maravilhoso pássaro, que assume diferentes formas ao longo da aventura, Miguel passeia pela “Terra das Montanhas e Vulcões” a “Terra das Savanas, Além do Mar”, e conhece os segredos dos nossos antepassados. A linguagem coloquial confere leveza à narrativa, dividida em quatro capítulos, nos quais são abordados assuntos como a violência das ditaturas latino-americanas, a perseguição política e o exílio. As ilustrações complementam o tom poético do texto, enfatizando a fusão entre o real e o maravilhoso, o homem e a natureza, e ampliando o olhar do leitor para os conceitos de família, pátria e cultura.

Título que Mente #3

O livro Mago Aprendiz do autor americano Raymond Feist conta em 431 páginas uma aventura contada em terceira pessoa: o narrador segue Pug, um ajudante de cozinha que é chamado para ir com a Princesa passear. Ela é atacada por trolls e ele salva a vida dela. Então ele sobe de nível e se torna cavalariço. Seu amigo Thomas quer ser soldado. Um mago decide escolher Pug pra se tornar aprendiz, mas como ninguém o escolheu, mesmo não querendo ser mago, ele aceita ir com o mago e decide levar junto seu amigo. Muitas aventuras, seres sobrenaturais, muita magia e escolhas vão fazer parte dessa jornada dinâmica e divertida. 😉

SPOILER: É divertido? Sim, tem partes divertidas, mas não é uma história sequencial, retilínea. O que isso atrapalha? Parece com um livro de contos mas sem conclusão de cada história. As finalizações das aventuras se resolvem muito fácil – liberdade concedida a livros infantis. O título mente porque o personagem não quer ser mago, é um desastre seu começo na aprendizagem e aí ele vai fazer outras coisas. O Thomas é um personagem mais desenvolvido. E o Pug some nos últimos capítulos, sem dizer porque. E ainda tem a treta de que o autor plagiou um jogo de RPG para escrever sobre os tsurani do livro Empire of the Petal Throne.

Fantasia Nacional

31r9CdArKrL._SR600,315_SCLZZZZZZZ_

O livro As Luas de Vindor do autor nacional Caio Riter (Doutor em Literatura Brasileira) conta em 108 páginas a história de uma menina que precisa salvar um reino. A narrativa é em terceira pessoa e deveria se dividir em três partes. Minhas impressões com Spoiler:

1- O imperador morre, o sábio vê que as três luas estão se unindo e diz que Olívia é a única que deve ir para outro reino através do espelho para encontrar uma chave e salvar o reino.  Todos os governantes sabiam que isso um dia iria acontecer, mas ninguém treina a menina pra nada. Ela é jogada numa missão letal, sem saber nada nem do seu oponente! As pessoas falam de trás pra frente, como Mestre Yoda em Star War. Essa descrição de forma poética – frases curtas, palavras sonoras, subjetivo – me fez não gostar do narrador. Ele é a própria visão da Olivia; não sabemos nada o que acontece em outras partes, ou com outra pessoa que não está próxima ao olhar de Olívia.

2- Após entrar no espelho, num mundo desconhecido, ela conhece Cefas um centauro e Vislo, um tipo de animal voador, que ajudam a Olívia a saber um pouco desse reino dividido entre duas “rainhas”, e até um pouco de sua própria história já que ninguém contou nada pra ela. Ela não é uma adolescente obstinada em cumprir a missão de pegar a chave. Ela se desvia da missão pra ajudar o ser voador que ela acabou de conhecer: é aquela mensagem de “só os de coração puro conseguem cumprir a missão”.

3-Finalizando mostra umas provas que ela realiza no reino da Senhora Nuvosa pra conseguir a chave, a batalha com a Bizarra que é a rainha má e o seu retorno a Vindor pra descobrir que seu amigo era o traidor. 

Me lembrava muito de outras histórias enquanto lia o livro, de Alice atrvés do espelho, do coelho preocupádo com o tempo. E senti falta do desenvolvimento dos personagens, para não deixar tantas pontas soltas: porque a rainha Nuvosa sendo tão poderosa precisou esconder a chave e entregar pra uma adolescente em vez de trancar o portal? Se ela escondeu a chave, pra quê exigir uma “prova” pra pegar a chave? Como a rainha má ganhou tanto poder e consegue se transformar como a “mística” de ex-man? Porque o amigo da Olívia não apenas roubou o livro e foi lutar junto com  a mãe? E fazer uma adolescente se apaixonar por um centauro “último da sua espécie”, daria certo se quando ela atravessasse o espelho, se transformasse em um centauro também.

Coisas da fantasia.

Fábula Israelense

O livro De repente, nas Profundezas do Bosque do famoso autor israelense Amós Oz, conta em 139 páginas a história de uma cidade sem animais. Não tem canto dos pássaros, latido de cachorros, não tem leite de vaca pra beber, nem ovos de galinhas pra comer. Todos vivem de vegetais e legumes. Não tem peixes no rio. As crianças só conhecem os animais através dos livros de história. Existe uma lenda por trás do sumiço dos animais: um feiticeiro que vive no bosque roubou todos eles. Duas criança resolvem entrar na floresta pra descobrir a verdade.

O livro tem um ritmo de suspense, mas sem descobertas fabulosas no final. A finalização do motivo da cidade não tocar no assunto do sumiço dos animais, deixa a desejar, mas é uma fábula e tudo pode acontecer na história. É uma história sobre bullying e a não-superação dele.

Trechos do Livro: “Almon discutia com o espantalho, às vezes longamente e com raiva…e tentava…convencê-lo, ou pelo menos fazê-lo alterar um pouco as suas opiniões inflexíveis.” “Talvez aqui entre nós exista de verdade uma antiga loucura…pois quem não sabe não pode ser considerado culpado. E também não se contamina.” “…vocês dois poderão tirar a roupa e entrar…Aqui entre nós não há nenhuma vergonha em ficar sem roupa…”

Lendo em Inglês #2

O livro The Secret Garden é um livro infanto-juvenil nessa edição ilustrada, da autora inglesa Frances Hodgson Burnett, conta em 95 páginas a história de uma família desestruturada: o pai rico que só trabalha, deixa o filho ao cuidado da enfermeira que cuida dele como se fosse doente: ele não anda, quase não come. Existe um jardim lacrado apos a morte da mãe.

Então chega a esta casa uma menina, sobrinha órfã e que gosta de flores. Com a ajuda do filho da ajudante da casa ela invade o jardim e começa a cuidar dele. E transforma a vida da família e sua própria vida.

O nível citado na contracapa é “Stage 2/ pre-intermediate/800 words/A2“, portanto a leitura é muito fácil, além de trazer informações extras no livro.