Simples e Divertida =D

O livro A Poção Secreta, primeiro livro da série Diário de uma Garota Alquimista da autora americana Amy Alward, conta em 368 páginas a história de Samantha, uma garota que trabalha na loja de ervas de seus avós e pais. No reino onde vive, as pessoas se dividem em: pessoas com habilidades mágicas que são os Talentosos, e pessoas comuns. Algumas das pessoas comuns podem ter algum tipo de conhecimento, como é o caso de Sam, a única da família que pode substituir seu avô para criar novas poções. Também existem os sintéticos, pessoas que acreditam em remédios sintetizados para cura.

A Princesa toma uma poção proibida e para curá-la a família real contrata qualquer pessoa que possa criar outra poção para desfazer a magia. Sam quer participar porque será a unica forma de melhorar a vida de sua família, já que com os sintéticos em moda, eles quase não vendem nada.

Muita magia misturada com tecnologia, em uma fantasia urbana, mas que entra no reino encantado. Vale a pena a leitura!

Quem tem fome, tem pressa.

O livro A Princesa Das Cinzas da autora americana Laura Sebastian conta em 354 páginas a história de Theo, uma garota, única sobrevivente da realeza quando o malvado keiser invadiu seu país. Por ser princesa, ele a faz usar uma coroa feita de cinzas em cada comemoração, para que todos possam ver sua realeza se desfazer e sujar seu vestido e sua face.

SPOILER: a Princesa é inconsistente em todas suas vontades já que seguimos a história através de seus pensamentos. Em um momento ela mal lembra de casa, no momento seguinte consegue recordar uma conversa que a mãe teve com um lorde em determinado dia e determinada hora. Em um momento ela não quer agir e não quer se arriscar a fugir junto com aliados porque é mais seguro permanecer nas sombras apesar de sofrer tortura, no instante seguinte um estalo aleatório é suficiente para que ela queira se rebelar e reaver tudo que é seu e pra isso não aceita os planos de seus espertos aliados, pra bolar coisas da sua própria cabeça e que vai dar errado, claro. Ela não dá valor aos esforços do seu povo de salvá-la e resolve continuar sob o julgo do kaiser!!! Sempre acha precipitado os planos dos aliados e que é preciso esperar, esperar, esperar. O povo dela, subjulgado, enquanto ela come dança, passa fome. E não a admiram.

Também não consegui gostar dela. Gosto dos aliados. Blaise é muito leal, forte, com boas idéias. Art é leal, não abaixa a cabeça nem para a princesa, que acha muito bobinha. Eron que cuida dela, flutua e consegue mudar o mood das pessoas.

Muito pensamento, pouca ação

O livro A Aprendiz da autora australiana Trudi Canavan conta em 544 páginas a continuação da história de Sonea, uma ladra que mora na favela e tem seus poderes mentais descobertos pelos Magos de uma ordem odiada pela sua comunidade. Aqui no segundo livro, quando finalmente Sonea vai começar a desenvolver seu poder, para se tornar uma curadora de seu povo, o medo bloqueia qualquer ação. Ela conta com a ajuda de Lord Roden e seu filho para tentar sobreviver ali. Sonea sabia que enfrentaria um treinamento difícil no Clã dos Magos, porém o que ela não tinha percebido era o nível de aversão que enfrentaria de seus colegas aprendizes. Os filhos das famílias mais poderosas do reino pareciam estar determinados a vê-la falhar, não importa o que custasse.

SPOILER: O livro 2 é pautado nas picuinhas entre os alunos ricos e ela. Só ela, o alecrim dourado. Parece que fazer magia é fácil, não há custo, exceto energia, já que tudo é feito na mente e não em gestos. Sonea vê seus poderes crescendo e sendo mais poderosos que até de muitos professores e essa é a grande motivação para Regin fazer o que faz com Sonia. É claro que ele se sente ameaçado pelo poder mágico dela ser maior que o dele, mas o motivo para por aí. Também me incomoda a falta de empoderamento feminino. Ela não se defende em nenhum momento das agressões que sofre, mesmo sendo considerada forte. Os motivos de estudo dos homens são plausíveis mesmo quando maus, mas o objetivo dela pra estar ali é fraco e subjetivo. Ela era mais interessante quando fugia dos magos. Regin, o causador de tudo isso, é mais irritante ainda por não desistir nunca. Não senti nenhuma empatia por ninguém. Quando finalmente ela vai enfrentar seu rival, temos uma batalha interessante, onde energia é combatida com estratégia para no final ser resolvida em força bruta mesmo depois de cinco rounds!!

Uma nova Quarentena

O livro O Último Povoado da Terra escrito em 2007 pelo autor americano Thomas Mullen conta em 478 páginas uma história da gripe espanhola, a influenza, em 2018, quando os EUA estão se mobilizando para I Grande Guerra. O personagem principal aqui é Philip um adolescente que sofreu um acidente de carro com sua família, ficando órfão e deficiente de um pé e é adotado por uma família de um lugar muito afastado de todos os povoados. Seu pai é responsável pela madereira onde todos do povoado trabalham. Eles tentam criar uma comunidade independente, sem banco, sem necessidade de contato com outras cidades. Com a gripe assolando os EUA, o pequeno povoado decide fazer cerrada quarentena. Dois homens armados impedem a entrada de estranhos. Aparentemente consensual, em assembleia: todos pela quarentena. O seu pai e líder da comunidade percebe que sua mulher, ativista pacifista, não o segue nas idéias, só que o pacifismo, durante a I Grande Guerra, foi combatido pelo governo dos EUA como antipatriótico e todos os jovens devem se alistar.

Além da pandemia da influenza há uma guerra visível – ética – no povoado. Afloram muitos comportamentos destrutivos, pouca aceitação pelo diferente. Manifestações individualistas atentam contra o espírito coletivo de salvaguarda da vida, quando um soldado tenta invadir o povoado e é morto.

Quando Philip transgride uma ordem, coloca em risco toda a comunidade. Ele é preso num barracão e descobre que a vida dos soldados não é tão bonita e patriota como ele lê nos livros. Vários personagens representam espíritos diversos na comunidade e revela a arte complexa do convívio, civilizada ou não, pelos que se dizem defensores da Vida.

A ficção mostrando a virulência da Morte, não somente no vírus, mas na decadência da raça humana. Uma semelhança doída ao vivido hoje, a nos separar apenas um século!

Final Apressado…mas Muito Bom.

O livro A Fúria do Assassino é o terceiro da Trilogia do Visionário da autora Robin Hobb e finaliza em 832 páginas a história de Fitz. A autora escreveu mais livros no mesmo mundo mas não foram lançados no Brasil.

SPOILER: Fitz morre no último livro, mas seu espírito entra no lobo e então Breu desenterra seu corpo e chama seu espírito de volta. Agora ele é meio homem- meio lobo. Ele está passando por um tipo de stress pós-traumático em consequência da tortura física e mental que sofreu nas masmorras de Majestoso. Esse medo vai assombrar Fitz ao longo da obra. Ele não quer mais viver, apenas se vingar, mas seus treinamentos com Breu foram esquecidos, porque ele não se planeja, só anda com o lobo até chegar numa cidade e as pessoas vêem suas roupas velhas e rasgadas e o tomam por mendigo. Aí ele pensa: “como vou me aproximar do Rei assim?!” Mas ele continua com o plano, além da ideia tosca de querer matar o rei sozinho, se achando: por uma boa parte do livro ele só tem a companhia de Olhos da Noite, a voz de Veracidade e de suas próprias angústias, o que deixa a história monótona. Enquanto vai de um ponto a outro tentando realizar sua missão e fugindo das muitas pessoas que querem vê-lo morto (de verdade agora), ele conhece vários personagens que aparecem, desaparecem e não servem pra muita coisa, exceto aumentar sua melancolia e metê-lo em problemas. Olhos da Noite o abandona por um tempo. Ele conhece outros com o mesmo dom. Apesar de receber oferta de ajuda do urso e da águia ele recusa aprender a melhorar!! E continua sendo bem menos poderoso que os inimigos no Talento, no uso dos animais, na proteção da mente.

Aí ele resolve procurar Veracidade e a história retoma a jornada por uma busca: a rainha toma o lugar de leitor de mapas, a menestrel não consegue divertir as pessoas, a velha tenta orientar o aprendizado de Fitz. Por muitas páginas é só isso: andar, dormir, comer, contar histórias e passar por umas mini aventuras. Dá pra desconfiar de algumas verdades escondidas, que demoram demais pra serem reveladas. E o dragão tomando vida é de arrepiar!!

Bela continuação! ☆☆☆☆

O livro O Assassino do Rei da autora Robin Hobb continua em 736 páginas a saga de Fitz Cavalaria tentando sobreviver e ajudar seus amigos em meio à uma trama para depôr o verdadeiro rei. Com inimigos agora bem definidos e o Rei Sagaz sendo manipulado a deixar o destino dos Seis Ducados na mão de Majestoso, seu filho mais novo, Fitz precisa descobrir uma forma de ajudar Veracidade, o agora príncipe herdeiro, a seguir combatendo os Salteadores e seus Navios Vermelhos. Por mais que pense que é bastardo, aje como se fosse um membro real. Enquanto Veracidade não retorna Fitz e a Princesa Ketticken tentam manter a Torre do Cervo em ordem e contornar os inimigos, que estão cada vez mais perto. Além dessa ameaça Fitz também precisa lidar com seu coração, as escolhas pessoais que fez e tudo que teve que abdicar para servir seu Rei. Fitz mal acaba de sobreviver à sua primeira missão, que quase esfacelou sua alma, e retorna à corte onde foi jogado de cabeça no tumulto da vida real com traições, tramóias, magia e pouca esperteza da parte dele.
Com o Rei à beira da morte, e com seu único aliado envolvido em uma missão com poucas chances de sucesso, o trono está ameaçado. Enquanto isso, o traiçoeiro Navio Vermelho renova seus ataques aos Seis Ducados, abatendo os moradores de todas as cidades da costa. Neste momento de grande perigo, fica claro que o destino do reino pode estar nas mãos de Fitz – e seu papel em sua salvação pode requerer de Fitz seu último sacrifício, abandonar de vez o seu amigo Lobo.

SPOILER: as cenas que a rainha escolhe homens para lutar contra os Navios Vermelhos é fantástica, de arrepiar, muito bem escrita. O Fitz esperto que foi morar na Torre, se apaixonou, ficou mais distraído e quando ele se torna lobo é muito tocante. Como o ser humano deu errado!! É melhor ser um lobo. Mas ele têm que voltar para cumprir o que prometeu ao rei. Ansiosa pra ler o próximo!!

Pré conceitos sobre Riqueza

O livro Os Segredos da Mente Milionária do autor canadense T. Harv Eker, mistra em 176 páginas as lições de alguém que sempre teve uma estrutura por trás de suas tentativas (com sucesso) de se tornar milionário. Uma parte interessante para os pobres, é que realmente temos preconceito com o dinheiro: ele não parece ser “do bem”. Mas ele pode sim, trazer coisas boas pra quem precisa. Algumas de suas lições não passam de “dicas motivacionais” produzidas para causar boas impressões em palestras e Ted Talks: “existem aqueles que ganham muito e não conseguem construir riqueza e aqueles que não ganham tão bem e, mesmo assim, alcançam a liberdade financeira.”

Isto é, enquanto uns têm uma mentalidade que atrai prosperidade, outros têm uma que os levará ao fracasso.

Ele diz que crianças devem aprender mais sobre educação financeira e conhecer mais profundamente como nossos pensamentos afetam nossos resultados. Isso não funcinaria numa comunidade de baixa renda: só traria mais frustração por “conhecer coisas que não vai poder usufruir”.

É como o fruto proibido: ele sempre esteve lá sem causar problemas, mas quando se torna evidência, a vontade de provar se torna insuportável. E as conseqüências podem ser boas ou não.

Aventura de uma Guerreira

O livro Meio Mundo o segundo da Trilogia Mar Despedaçado, conta uma nova história. Aqui Yarv já é adulto e ministro do rei. Mas as 368 páginas contam a história de Thorn, uma moça grandona que foi condenada ao apedrejamento e para fugir à sentença de morte, ela se vê obrigada a participar de um esquema do ardiloso pai Yarvi, ministro de Gettland. Ao lado dela se encontra Brand, um rapaz que quer ser guerreiro e descobre que odeia matar, mas encara a jornada como uma chance de sustentar a irmã. A missão dos dois é cruzar meio mundo a bordo de um navio e buscar aliados contra o Rei Supremo, que pretende subjugar todo o Mar Despedaçado.

SPOILER: gostei mais do primeiro livro. Aqui não tem o humor ácido de Yarvi. A história é toda da moça que me lembrou da personagem Brienne de Tarth de Guerra dos Tronos. Uma mulher muito boa em lutar com homens e ganhar. A rainha Laithlin, se mostra outra mulher fortíssima na trama, sábia, afiada como uma lâmina, dona do próprio reino. Meio Mundo prova que mulheres de todos os tipos, de rainhas a negociantes, de ferreiras à jovem imperatriz do Sul, podem dominar uma fantasia de qualidade e competir em pé de igualdade com qualquer homem da trama. As capas dessa série são perfeitas, ajudam a delinear os personagens não muito detalhados no texto.