Semana do Terror? sqn… =)

 

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O livro As Intermitências da Morte do autor José Saramago, com 214 páginas, escrito em 2005, foi mantido no original, isto é, no bom português de Portugal. Então começa a dificuldade de entender alguns verbetes, mas tudo bem. E a escrita do autor é socada nas páginas, isto é, sem diferenciar um diálogo, um pensamento, uma descrição – tudo misturado. Sem espaços. A história do livro também não é original, outros autores já escreviam sobre a imortalidade. O diferente aqui é a ironia do relator do acontecido. Nas primeiras cem páginas, a cidade verifica que ninguém morre, o que causa transtornos e não só alegrias. E só depois de todo esse texto, ficamos sabendo que realmente a morte resolveu mudar as regras. E até o final da história, ela muda as regras novamente. E o livro termina com a mesma frase com que se iniciou. =)

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Indicações de Blog/Página

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Para quem gosta de pedir opinião sobre o que está escrevendo, ou quando gera um bloqueio, saber o que fazer, ou quando não lembra um bom título ou nome para o personagem…. aqui está uma boa dica: o site She is Novel da autora Kristen Kieffer. diferente de outros escritos que apresentam fórmulas mágicas, gosto da interação da página no Facebook  Your Write Dream, onde cada escritor iniciante conta seu processo de escrita ou de tentativas e erros.

É um bom incentivo pra voltar às páginas em branco! =D

Vamos contar um conto? =D

Esta minha edição do livro A Árvore que Dava Dinheiro do autor Domingos Pelegrini, com 93 páginas faz parte da Coleção Veredas da Editora Moderna para o público infanto-juvenil está na 35ª edição.

A história é o que o título promete: uma árvore resolve distribuir dinheiro para a cidade.  E aí ninguém quer trabalhar mais, ninguém cozinha, ninguém lava, e o povo da cidade resolve ir morar na cidade grande. Acabou? Não. Aí recomeça outro conto: o dinheiro vira pó quando sai da cidade. A televisão vem e os turistas querem aproveitar a cidade. Todos os moradores aproveitam pra ganhar dinheiro de verdade. E criam restaurantes, hotéis, passeios. E os turistas acabam com a cidade, jogam sujeira nos rios, nas praças e as árvores páram de dar dinheiro. Acabou? Não. Aí começa outro conto: Eles resolvem destruir todas as árvores, retomar a cidade. E as que nasceram começaram a dar frutos. E eles venderam doces, geléias, bolos….

Qual a moral da história?

Bem, começando pelo título, já que a árvore pára de dar dinheiro no meio do livro. Uma das capas, mostra os três personagens “principais”: um morre no começo, a outra some da cidade e só volta no final, o outro parece inteligente e depois…não diz a que veio. Já a outra capa mostra a mesma cidade em duas situações: o bem e o mal causado pela ganância. Acho melhor.

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contos ou crônicas?

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Todos os contos/crônicas desse autor nacional Liberato Vieira da Cunha, no livro Um Hóspede na Sacada com 125 páginas, são muito bem escritos e interessantes! Gostei de vários contos – porque pra mim, são todos contos; não há nenhuma crônica neste livro. Um deles usei em uma mesa redonda da pós-graduação. É bom descobrir bons autores nacionais, mesmo que o autor que tenha cursado jornalismo na Alemanha, o que dá um toque irônico-nobre à sua escrita. Não tem a ginga e o humor escrachado do brasileiro. Indico e vou ler novamente. =D

Trechos do livro: “…mas não lerás os livros apenas para aprender coisas. Lerás porque são bons de ler; e porque neles tua própria vida se transforma em outra vida.”

“…e em cada sonho há um barco, uma praia, uma estrela. Em cada sonho há um pássaro que saúda o sol com uma canção e não há rei que a cale…”

Livro Infanto-Juvenil/adaptação de adulto

 

“A literatura infanto-juvenil continua sendo uma questão de adultos que vão pensá-la partindo da necessidade histórica da revisão de como lhes foi imposto o próprio ato de ler.” (Sonia Salomão Khéde, 1986)

A Série Reencontros produziu algumas adaptações para o público juvenil conhecer as grandes histórias clássicas sem se aventurar pelos calhamaços de páginas. É válido porque não minimiza a vontade de ler o original, quando a história é do gênero preferido do leitor. Nesse livro Odisséia de Homero, com 86 páginas, a adaptação de Roberto Lacerda não foi muito feliz em alguns aspectos. Livros distribuidas nas escolas pelo FNDE, visam o público infantil, o que torna o texto polêmico é que as partes para adultos, não foram adaptadas para esse público-alvo. Com ilustrações de nus e textos sobre sexo e violência, que poderiam ter sido “adaptados” para a idade do público infanto-juvenil.

Trecho da adaptação: “As flechas…iam cravar-se impiedosamente em seus alvos humanos. Os que escapavam da pontaria de Ulisses, morriam às mãos de Telêmaco…pela sala ampla, ecoavam os horrorosos bramidos dos que eram golpeados e o chão se cobria com ondas de sangue negro.”

Pois é: tente ler isso em voz alta para um grupo de crianças. :/

Os filmes bem adaptados, dirigem-se ao público adulto, o mais famoso deles, Tróia com Brad Pitt.

Ler o livro, ver o filme.

A Mulher do Viajante no Tempo livro de 2003 da autora Audrey Niffenegger com 450 páginas, virou filme romântico em 2009.

O livro conta a história do título – a mulher que fica sozinha, esperando seu homem voltar. O livro tem partes descartáveis, poderia ter menos páginas, mas é muito interessante a idéia e o desenvolvimento. Mesmo sendo drama minha última escolha para leitura, li porque já havia assistido o filme, e o filme foca na história do viajante e tem final feliz.

Trecho do Livro:”O que há de irresistível na criação artística – ou na criação de qualquer coisa, suponho – é o momento em que a idéia vaga e insubstancial se concretiza, vira coisa, uma substância num mundo de substâncias.”

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Reportagem/Ficção

A história se passa nos anos 70, contada como uma reportagem de jornal da escola, o livro As Virgens Suicidas de Jeffrey Eugenides, com 206 páginas nessa versão pocket da L&PM, conta o suicídio das 5 garotas de uma cidadezinha dos Estados Unidos. Este livro também virou um bom filme nas mãos de Sofia Coppola em 1999. O livro é de 1994. Um dos rapazes vizinho dessas meninas, resolve depois de muito tempo recontar a história do suicídio das cinco irmãs e tentar descobrir o motivo do ato e porque ninguém fez nada para ajudá-las. O título remete a uma música, também citada na história. As vezes parece real, na forma jornalística como o narrador tenta apresentar as provas. Assisti o filme logo que saiu – e gostei muito mais que o livro.

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