História Nunca antes contada \_(“/)_/

O livro Encarnação é um dos romances do escritor brasileiro José de Alencar. Publicada postumamente, em 1893, a história conta a vida de Amélia que é muito feliz aos dez anos e vê o vizinho Hermano e sua esposa felizes no jardim vizinho. Ao voltar de viagem muitos anos depois, Amélia já está em idade de casar, mas não pretende perder a boa vida de solteira que os pais lhe dão. Descobre que o vizinho ficou viúvo e ao olhar pela janela, sente curiosidade pela mulher que ele tanto amou, a ponto de abrir mão de viver alegre. Mas Hermano também fica curioso com a voz da vizinha que canta muito bonito e eles acabam se aproximando.

SPOILER: esse livro influenciou a autora Carolina Nabuco a escrever A Sucessora em 1934. Nos dois romances o homem viúvo rico, esconde um segredo. Uma mocinha ingênua gosta dele e acha que nunca vai superar a mulher morta. A descrição da casa pegando fogo, sendo destruída, o quarto da mulher que foi mantido pelo mordomo tal e qual ela deixou. Por esses e outros motivos, não pôde chamar de plágio a obra Rebecca da autora francesa Daphne Du Maurier, que conta exatamente a mesma história. Só que José de Alencar e Daphne, continuaram construindo histórias bem sucedidas. 😉

Dois Livros que Poderiam ser Um

O livro de Dark Fantasy Um Trono Negro da autora coreana/americana Kendare Blake é o segundo da série e conta em 373 páginas a história de 3 irmãs que lutam pelo direito ao trono. As equipes que cuidam de cada uma separadamente, as fazem crer que as outras irmãs querem matá-la para herdar o trono antes da cerimônia de Ascensão. Então cada uma quer usar seus poderes para acabar logo com isso.

SPOILER: com o final plot twist do primeiro livro, Katherine e Arsenoe descobrem que estão na equipe errada já que seus dons estão trocados. Mas elas escondem isso para usar como vantagem em um combate. Os dois livros cumprem a mesma função: mostrar quem é cada rainha, quem apoia e quem é traidor, o porquê elas sempre tentam fugir de matar umas às outras. O único mistério é “o que é essa ilha, que outros conseguem entrar e eles não conseguem sair?”

TRECHOS:

Sobre a Primeira Guerra :(

O livro A Dor da autora francesa Marguerite Duras conta em 178 páginas quatro textos encontrados pela autora dentro de um armário antigo, não tendo feito revisões apenas publicou como foi encontrado. O primeiro texto dá nome ao livro e conta a história em busca de seu marido prisioneiro de guerra dos alemães e a tortura de encontrá-lo pele e ossos e tentar ajudá-lo.
O segundo texto conta sobre um oficial alemão  que tenta ajudar o marido de uma mulher delatora e acaba preso.
O terceiro texto mostra o outro lado da guerra quando um grupo prende seu inimigo alemão e o trata de forma cruel para que ele entregue seus comparsas.
O quarto texto é sobre uma menininha que está esperando a guerra acabar, com esperança de não morrer.
Muito dramático, pesado e violento.

Finalizada a Série

O livro Sonhos com Deuses e Monstros da autora americana Laini Taylor cumpre em 560 páginas seu papel de livro de fantasia, encerrando bem a trilogia. Aqui temos Karou tentando convencer as Quimeras a não entrar numa guerra e Akiva tentando liderar os serafins contra Jael e voltar pra Eretz. Muitas traições, escolhas erradas marcam o final da guerra. Os novos dons de Akiva e Liraz ajudam a fechar os portões para o mundo humano.

SPOILER: não fiquei convencida de Karou nunca voltar a ser Madrigal- todos mudam de corpo mas não mudam de alma, caráter. Porque só ela? Quando ela se lembra de tudo, podia ter recomeçado de onde parou e não ter feito Akiva sofrer tanto. Não convence, dois jovens começando suas vidas juntos, abandonar o mundo humano pra se meter em confusão, já que Zuzana parecia tão mais responsável. Também aparecem muitos personagens novos e não dá tempo de conquistar o leitor. Mas no geral, a trilogia é boa.

Descobri o plot twist no começo da história ! ;)

O livro Três Coroas Negras da autora americana, nascida na Coreia, Kendare Blake, conta em 304 páginas o início da história de três irmãs, que nasceram pra reinar, mas apenas uma pode ocupar o trono. E como isso é escolhido se elas nasceram ao mesmo tempo? Nessa ilha mágica envolta por uma bruma, os grupos são divididos conforme seus dons de se envolver com um risco e se sair bem dele. Ao nascer, as três irmãs são separadas e aos dezesseis anos elas irão mostrar que dominam a técnica do “risco” e herdar o trono. E as outras duas? Morrem.

SPOILER: a Katharine é treinada como envenenadora, mas seus dons ainda não emergiram e ela tem uma cobra de estimação. Arsinoe devia controlar animais, mas seus dons ainda não emergiram e ela gosta de plantas. Mirabella é a única que já domina seus dons de controlar o clima. No primeiro livro não acontece o tão esperado embate entre as princesas pra ver quem vai pro trono. As pessoas em volta delas é que tentam eliminar as outras duas pra ficar mais fácil. O que não gostei? Numa ilha onde as mulheres mandam e os homens são apenas adornos, elas se perderem por causa deles é no mínimo óbvio demais. Queria que essa parte fosse mais poderosa, mas ficou “mais do mesmo”. A história demorou 200 páginas pra começar a ação e nas últimas 30 pra dizer o segredo que eu já sabia. Mas pelo que vi na web, ninguém esperava, então não vou contar 😉

Apenas Vingança com final feliz!

O livro Crooked Kingdom da autora israelita Leigh Bardugo conta em 512 páginas a continuação da história da gangue de Kaz. No livro I um membro de sua equipe foi sequestrada pelo pai de Wylan, homem do Conselho de Mercadores, que não honrou um contrato de prestação de serviços e deixou a gangue de Kaz sem receber. Agora ele quer resgatar Inej, conseguir sua vingança e ter seu pagamento. Para isso, ele usa sua última carta do jogo e muitos blefes para tentar salvar sua equipe.

SPOILER: o Kaz quer se vingar de Pekka e Wan. Inej quer se vingar de Rolins. Wylan quer se vingar de seu pai. Nina quer se vingar dos drüskelle. Como essa gangue chegou tão longe errando tanto? As cenas de aventura são boas. Os flashback nem tanto. No segundo livro eu quero a resolução e não saber coisas lá do primeiro capítulo do livro I. E queria o Kaz feluz, mas ia estragar a sombra dele 😉

TRECHOS DO LIVRO:

O Fim de Tudo.

O livro O Céu de Pedra da autora americana N. K. Jemisin, finaliza com 512 páginas a Trilogia da Terra Partida. Nessa finalização da história, vemos Essun sendo uma orogene mais poderosa da Comu e descobre que a Lua está se aproximando do ponto mais próximo e tem pouco tempo até ela voltar para sua órbita normal e terminar com a Quinta Estação para sempre. Ela descobre que existe um novo Alabaster que não é ele de verdade. A sua filha Nassun está revoltada e com raiva porque não consegue salvar Schaffa e decide usar o poder do Portão do Obelisco para fazer com que a Lua se aproxime ainda mais e destrua o mundo. Essun descobre as intenções da filha tenta impedí-la.

Spoiler: o embate entre Nassun e Essun é triste, uma descrição curta, e a economia nas palavras, torna tudo dramático. A utilização da terceira pessoa na narrativa não criou empatia como alguns booktubers sentiram. Acho que me parece um relatório de metodologia que você deve seguir os passos para chegar um objetivo. Gostei mais do primeiro livro. O discurso da autora no final é emocionante. Vale a pena.

Trilogia Finalizada

O livro O Timbre do autor americano Neal Shusterman conta em 597 páginas uma nova história para os antigos personagens Citra e Rowan. Aqui a Nimbus desiste de se comunicar. Goddard muda a forma como as regras da Ceifa decide quem morre. A corrupção e a religião entram em combate e a ninguem mais teme os ceifadores. Agora o Timbre será a única esperança dos humanos.

SPOILER: no último livro Curie trancou Citra e Rowan numa cápsula e eles sobreviveram, ou foram revividos. Goddard que fez de tudo para ser Alto Punhal, não se importa com equipes querendo salvar os que ficaram presos sob os escombros. Faraday vai pra uma ilha com a bibliotecária. E nasce o Timbre, que usa a túnica roxa, e ele é criado através do Tom, um som ouvido por todos, e já dito pelos tonistas. O Timbre é o único a falar com a Nimbus. Só que ele não quer ser mais o Timbre.

Não me convenceu esse final, em que não existe mais o que me prendeu no primeiro livro. Vale a pena a leitura mesmo assim.

O Cientista, não a criatura

O livro Frankenstein da autora britânica Mary Shelley, conta em 304 páginas a história do estudante de medicina Victor Frankenstein, que vai com um amigo para uma cidade do interior, monta um laboratório de pesquisas, e aí fazer o seu trabalho final, pois ele quer abalar as estruturas da ciência. Ele é bancado por seu pai, que mora com seu irmão mais novo em outra cidade. Ele está noivo e pretende se casar após se formar. Seu amigo fica intrigado porque Victor tranca o laboratório e não mostra sua pesquisa para ninguém. Ele quer vencer a morte, então usa partes dos corpos de pessoas mortas para criar um novo ser humano. As costuras das partes e pedaços diferentes de pele e tamanho, deixa o protótipo horrendo, parecendo um monstro. Durante uma tempestade o monstro ganha vida e Victor foge com medo.

Moral da História: o monstro é inteligente, mas a aparência importa muito.

SPOILER: Victor tem tudo que quer, gasta muito dinheiro pra fazer uma coisa proibida pra deixá-lo famoso, quando consegue, se torna preconceituoso: sua criação não tem beleza para mostrar ao mundo. Ele não liga pra sua família, pros amigos, pra noiva. Até o monstro começar a se vingar; aí ele acorda. As vinganças do monstro são pesadas e creepy.

TRECHOS DO LIVRO: “Desde a infância, meu pai se certificara de que eu não me impressionasse com horrores sobrenaturais. Não me lembro de jamais ter tremido ao ouvir uma história de assombrações ou de temer a aparição de um espírito ou fantasma.” “Se meu próprio criador me abomina, disse o monstro, o que posso esperar dos outros?”