Li o Livro, vi o Filme

Tanto o livro quanto o filme são divididos em três partes: Italia, India e Indonésia. No livro eu gostei dos pormenores, o detalhamento da beleza das cidades italianas, do encantamento com o modo de vida e do modo como a hora da refeição é sagrada. Na Indonésia a descrição da beleza e costumes do local onde ela viveu é fanástico – Mostra como a natureza do amar é simples, nós que complicamos. Na India, mostra que deve haver um equilibrio entre o que você pensa, sente e faz.

Mas eu fico com o filme: ele tira as partes chatas, define as personalidades de cada um – no livro todo mundo é ambíguo – e tem todo um romance no ar embalado com música brasileira! Adorei alguns trechos do livro, que nem são citados no filme:

“sou uma das formas mais afetuosas do planeta: algo como cruzamento de molusco com shamexuga.”

“o vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nuncaousou admitirque queria. Um explosivo coquetel emocional, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa como a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abstinência, sem falar no ressentimento para com o “traficante” que incentivou você a adquirir esse vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom – apesar de você saber que ele tem “algum” escondido em algum lugar – do que antes ele te dava de graça e agora tem que implorar. O estágio seguinte é você esquelética, tremendo agachada em um canto, sabendo apenas que venderiasua alma só prater aquela “coisa” mais uma vez que fosse. Enquanto isso o objeto de sua adoração agora sente repulsa de você. E você tem a sensação de ser uma espéciede máquina primitiva impulsionada à moda e submetida a uma tensão muito maior para o qual havia sido construída para suportar, prestes a estourar, pondo em risco qualquer um que estivesse por perto.”

“ao mesmo tempo meu ímã e minha criptonita, em igual medida, meu farol e minha ave de mau agouro.”

“quando se está perdido na selva, é preciso algum tempo para se dar conta disso. Durante muito tempo você pode se convencer de que só se afastou alguns metros do caminho, de que a qualquer momento irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai e você continua sem a menor idéia de onde está e é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que sequer sabe mais em que direção o sol nasce.”

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2 pensamentos sobre “Li o Livro, vi o Filme

  1. Sei lá, comigo é assim: Eu sempre leio o livro primeiro. Tipo, por exemplo, o iluminado, no livro, não tem as duas garotinhas assustadoras, mas no filme tem. E tem muita gente feito eu, que tem mania pela ideia original.Enfim, O blog tá muito bom, gostei desse artigo e até mesmo do layout. Tô esperando sua visita e comentário no meu :* boa tarde.

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