Empoderada Ela!

O livro A Filha do Rei Pirata da autora americana Tricia Levenseller, vai contar a história de Alosa,que tem  seu próprio navio e tem uma fiel tripulação ao seu lado, é filha única do maior pirata já conhecido, o Rei Pirata. Ele é uma lenda viva e todos o temem.  Quando seu navio é atacado pelos piratas do Perigos da Noite, que desejam sequestrá-la para descobrir a localização do Rei Pirata e destroná-lo, parece que este é o fim da jovem princesa. Mas a verdade é que Alosa esconde muitos segredos. O que eles não sabem é que, na verdade, sua captura foi um plano totalmente articulado por ela e seu pai a fim de localizar um pedaço de um mapa de um tesouro há muito tempo perdido que foi dividido em três partes. A primeira delas já está com o Rei Pirata, mas há outras duas a serem encontradas e uma delas está com certeza a bordo do Perigos da Noite, navio do pirata rival, o capitão Draxen. É missão de Alosa encontrá-la e enviá-la ao pai. Ela só não contava, conhecer Riden, um pirata charmoso mas irmão do malvado capitão. Riden, o irmão do capitão, mais ponderado e inteligente dos dois, está encarregado de interrogar a prisioneira e está cismado com algumas das atitudes de Alosa. Nota-se a desconfiança mútua e em alguns momentos ele vai fazer o jogo da garota na esperança de descobrir o que está acontecendo. Para um pirata, ele até que é bem educado, inteligente, charmoso e até mesmo evita deixar Alosa ser vigiada por homens ruins. Mas até ele se irrita com as impertinências dela e resolve levá-la para o seu quarto, onde pode vigiá-la mais de perto.

Impressões de leitura: Me lembrou Tress. Alosa é simplesmente maravilhosa! Mesmo tendo que fazer o papel de dama frágil, ela não perde a oportunidade de debochar de seus captores ou de subjugá-los para escapar da cela e procurar pelo mapa. É notável que muitos piratas passam a respeitá-la e até criar uma afeição por sua vítima. A autora soube criar uma protagonista forte, divertida e irreverente, que luta com unhas e dentes pelos seus objetivos e não baixa a cabeça para homem nenhum. Em vários momentos fica bem evidente que a situação de treinamento com seu pai, foi toda abusiva. Essa garota foi testada em situações cruéis, como ficar trancada num calabouço sem janelas, água ou comida, e ela entende que foi para seu próprio bem, para torná-la uma capitã melhor e mais forte. Há longas ponderações dela sobre como seu pai a tornou a capitã que ela se tornou.

O livro é considerado um fenômeno do TikTok com mais de 21 milhões de visualizações na hashtag internacional #daughterofthepirateking.

Rival de Sí Mesmo

O livro Divinos Rivais da autora americana Rebecca Ross, conta em 464 páginas a história de Iris Winnow, uma jovem que aguarda notícias de seu irmão mais velho Forrest, que se alistou ao lado de Enva, a deusa Skyward, e partiu para lutar pela deusa na guerra contra Darce. Apesar de sua promessa de responder às cartas dela ao sair, ele não tem feito isso. A história se passa na época de máquinas de escrever e motores a vapor. Ela tem uma máquina herdada de sua avó, então começou a esconder as cartas debaixo do guarda-roupa e elas parecem estar desaparecendo e um dia uma resposta aparece debaixo do guarda-roupa. “Eu não sou Forrest.” Então, quem está recebendo as cartas dela e respondendo é Carver. Ela começa a trocar cartas com ele, acreditando que a máquina de sua avó é mágica. Sua mãe não aceita seu irmão ir pra guerra e passa a abusar do álcool fazendo com que perdesse o emprego, e então Iris abandona a escola e encontra trabalho utilizando suas habilidades de escrita no Oath Gazette, um jornal da cidade. Seu rival para o cargo é o belo e rico Roman Kitt, cuja prosa a fascina tanto que ela evita ler seus artigos.

Impressões de leitura: A magia desempenha um papel discreto nesta história, e esqueci que tinha algo sobrenatural acontecendo. É uma história de guerra sobre famílias desfeitas e poderes superiores usando pessoas como peões. Os personagens principais são considerados brancos; os casamentos entre pessoas do mesmo sexo e a igualdade de género na frente de guerra parecem ser a norma neste mundo, sendo essa a única “magia” em que eu colocava na leitura: ” claro que uma menina pode fazer isso na guerra- é um reino mágico!” Não me empolgou o romance entre os dois e os personagens não parecem suficientemente desenvolvidos e a certa altura, uma personagem de trinta e poucos anos diz: “Estou velha, vou me sacrificar por vocês, jovens” – nem dá pra ser etarismo, com alguém de 30. Ok, sei que o período era velho, mas o leitor não está lendo um romance histórico, com pesquisa histórica sobre o período, é uma fantasia… Me poupe. Engraçado é que vejo pessoas bem jovens, sem bagagem de leitura, achando o livro “maravilhoso”. Ele tem a faixa etária de leitura de 13 a 18 e eu acho pesado pra adolescente. Acho fraco pra adultos com bagagem literária. Parei nesse.