Mais uma chance, por favor.

Um-Rio-Chamado-Tempo-Uma-Casa-Chamada-Terra-Mia-Couto

O livro Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra do escritor de Moçambique, Mia Couto, conta em 260 páginas a história de uma família que se reúne na casa do avô para o velório do mesmo. Filhos, netos, esposa, amante e amigos, todos devem cumprir o ritual do enterro. Só que o médico se nega dar o laudo dizendo que o morto ainda não está completamente morto. E enquanto o morto não morre, a família resolve refazer toda a história do falecido e refazer suas próprias histórias em torno da casa da família.

Contada em primeira pessoa pelo neto do falecido, é um texto irônico, me lembrando crônicas brasileiras, com a grafia do português de Moçambique, mas com glossário nas últimas páginas, não prendeu minha atenção. Talvez eu tenha começado pelo livro  errado do Mia Couto; ainda vou dar outra chance pra mim.

Trechos do livro: “morto amado nunca mais pára de morrer.” “_Não quero sair nunca mais._Tem medo de quê?_O mundo já não tem mais beleza.” “A dor pede pudor. Na nossa terra, o sofrimento é uma nudez–não se mostra aos públicos.” “Mas a vila é ainda demasiado rural, falta-lhe a geometria dos espaços arrumados.” “Para ele era claro: Fulano tinha a sua fé exclusiva, fizera uma igreja dentro de si mesmo.” “Lá na cidade ouvi dizer que vocês já usam modos dos brancos. E dão-se às mãos e até se beijam às vistas do público.”

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