Música, drogas e mulheres

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O livro A Perfeita Ordem das Coisas do autor canadense David Gilmour, conta em 167 páginas uma quase biografia, coisas da vida do autor, pessoas que ele conheceu são citadas nesse livro. O personagem principal, um escritor, resolve voltar aos lugares onde ele sofreu algum tipo de desventura para descobrir porque ele foi infeliz em tal situação. Então ele conta as viagens ao redor do mundo, o meio social onde vivia entre ricos e famosos, lugares onde passou as férias, hotéis, as mulheres com quem se envolveu. Uma volta ao passado como forma de auto-conhecimento.

Mas o que vejo é um personagem chato, arrogante, racista, drogado a maior parte do tempo. Ele contando como as ex mulheres o deixam e você torcendo por elas. Chega a dar raiva quando as ex o recebem em suas casas como amigos! Eu gostei muito do outro livro dele que li. Aqui.

Trechos do livro: “…minha grande libertadora…A garotinha cruel, que cresceu para se tornar uma adulta desonesta…forneceu-me a liberdade de quebrar as regras para toda a vida. Uma benção vinda de um monstro.”  “Escrevi alguns livros, nenhum dos quais teve grande vendagem, mas apenas pelo fato de eles existirem no mundo, ainda que em poucos exemplares…já me fazia sentir que eu era um cara descente, que não havia acabado feito “aquele outro” cara.”  “Guerra e Paz era um livro que eu evitara ler em toda a minha vida, um livro que, como o de Proust, é adequado somente para quem está cumprindo uma rígida pena de prisão.”  “Estava saturado de Beatles. Inventei um novo verbo: estar Beatle-out: amar alguma coisa como provavelmente não se vai amar nada mais, mas estar farto daquilo para toda a vida.” ” …é assim que se perde uma mulher… É apenas o acúmulo de pequenas facadas e ferimentos descuidados, até ela ter consciência, em uma volta da escada, ou parada diante de um sinal vermelho, que não quer mais estar ali…prefere viver sem nós.”